
Um novo levantamento da Afferolab aponta uma lacuna preocupante no desenvolvimento de talentos: apenas 34% dos profissionais brasileiros dominam as habilidades profissionais exigidas pelas empresas em 2025. A transição acelerada para modelos de trabalho baseados em competências escancarou uma urgência que afeta diretamente RHs e líderes organizacionais.
O cenário é desafiador: carreiras não são mais lineares, diplomas não garantem empregabilidade e a obsolescência de competências é mais rápida do que nunca. Diante dessa transformação estrutural, compreender os principais entraves ao desenvolvimento de habilidades profissionais tornou-se prioridade estratégica para organizações que desejam inovar, reter talentos e crescer de forma sustentável.
O fim da carreira linear e a nova validação de talentos
Até pouco tempo, estudar, trabalhar e se aposentar era o caminho natural. Mas com a expectativa de vida ultrapassando os 90 anos e as mudanças constantes no mercado, esse modelo se esgotou. Agora, as pessoas precisam aprender, desaprender e reaprender ao longo de toda a vida profissional. Nesse contexto, o diploma deixa de ser suficiente, as empresas valorizam quem entrega resultados práticos e consegue aprender rápido. A lógica da contratação baseada em competências, conhecida como skill-based, passa a guiar decisões de seleção e promoção. O comportamento e a capacidade de adaptação são os novos diferenciais.
A nova lógica de validação de talentos
Diplomas e cargos já não são mais os únicos indicadores de competência. A contratação baseada em habilidades (skill-based) valoriza quem consegue aplicar conhecimentos na prática, resolver problemas reais e aprender rapidamente. A validação das habilidades profissionais agora ocorre em tempo real, nas redes, nos projetos e na entrega de valor direto.
Upskilling, soft skills e o papel do RH
Dados do relatório “Skill-Based Brasil 2025” mostram que os setores de alta tecnologia lideraram o crescimento de vagas entre 2018 e 2023, enquanto as áreas tradicionais ficaram para trás. Isso acende o alerta para o upskilling (atualização de habilidades profissionais) e o reskilling (requalificação para novas funções), especialmente entre profissionais mais experientes. Ao mesmo tempo, cresce o peso das chamadas competências humanas, como pensamento crítico, comunicação e empatia, que não podem ser automatizadas. O RH deve se preparar para desenvolver e reter talentos com esse perfil híbrido: técnico, adaptável e colaborativo.

A importância das competências humanas
Soft skills, como pensamento crítico, comunicação e inteligência emocional, ganharam protagonismo. Com a automação avançando, as habilidades profissionais mais valorizadas são aquelas que as máquinas não podem replicar. O desafio para o RH está em identificar, desenvolver e reter talentos que combinem capacidades técnicas com sensibilidade humana.
A formação descentralizada chegou para ficar
Outro ponto que exige atenção é a descentralização do aprendizado. As universidades não são mais o único caminho de formação. Plataformas digitais, cursos curtos, projetos práticos e trilhas de microcertificação já são adotadas por empresas como Google, IBM e PwC. Cabe ao RH criar ambientes que estimulem o aprendizado contínuo e conectem os objetivos do negócio ao crescimento dos colaboradores. O foco agora está em desenvolver habilidades profissionais que sejam aplicáveis, mensuráveis e em constante evolução.
Habilidades profissionais em foco: o papel do RH em 2025
Diante de tantos desafios, o RH precisa assumir um papel estratégico. O foco não pode estar apenas na contratação ou na avaliação de desempenho, mas na curadoria ativa de habilidades profissionais. Isso significa entender os rumos do setor, antecipar tendências e oferecer ferramentas que possibilitem a evolução dos colaboradores dentro da própria empresa.
Mais do que treinar, é preciso criar ecossistemas de desenvolvimento. Isso envolve, por exemplo, plataformas de aprendizado sob demanda, incentivo ao autodesenvolvimento, programas de mentoria cruzada e parcerias com instituições de ensino que ofereçam micro certificações alinhadas às necessidades reais do negócio.
Empresas que estruturarem estratégias claras para desenvolver habilidades profissionais terão mais facilidade para reter talentos, inovar e se adaptar às constantes mudanças do mercado.
Construir hoje os profissionais do amanhã
Desenvolver habilidades profissionais em 2025 não é mais uma vantagem competitiva, é uma necessidade organizacional. As empresas que assumirem essa responsabilidade com intencionalidade e visão de futuro estarão mais bem posicionadas para enfrentar os próximos ciclos de transformação.
Compartilhe com sua equipe e fortaleça o desenvolvimento de habilidades profissionais no seu RH!







