Convocação: Mais de 50 mil empresas devem preencher Relatório de Transparência

Empresas com 100 ou mais empregados têm até 31 de agosto para enviar o Relatório de Transparência. Entenda as exigências e o impacto da nova fase da Lei de Igualdade Salarial.
Homem trabalhando em escritório com computador e livros, ambiente de trabalho organizado e moderno durante a noite preenchendo Relatório de Transparência.

Mais de 54 mil empresas brasileiras já estão convocadas para preencher as informações complementares do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, de acordo com a Lei nº 14.611/2023. A medida busca evidenciar desigualdades entre homens e mulheres que exercem a mesma função e reforçar o combate à discriminação de gênero no mercado de trabalho.

Com prazo final em 31 de agosto, o preenchimento é obrigatório para todas as empresas com 100 ou mais empregados e deve ser feito diretamente no Portal Emprega Brasil. O não cumprimento pode gerar multas e afetar a imagem institucional da empresa.

O que é o Relatório de Transparência?

Previsto na Lei da Igualdade Salarial, o Relatório de Transparência é uma ferramenta de fiscalização e visibilidade. Ele reúne dados fornecidos pelas empresas e informações cruzadas da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), abrangendo o período entre julho de 2024 e junho de 2025.

O objetivo é identificar disparidades salariais entre profissionais de diferentes gêneros, mesmo quando desempenham funções equivalentes. O relatório é elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com o Ministério das Mulheres

Quarta edição do Relatório de Transparência

Esta é a quarta edição do Relatório de Transparência, e a expectativa é que mais de 54 mil empresas acessem o sistema para cumprir a obrigação legal. Os dados serão consolidados e divulgados à sociedade em setembro.

A partir de 20 de setembro, os empregadores poderão acessar o relatório individual da empresa no Portal Emprega Brasil. A divulgação deverá ser feita em canais institucionais de forma clara e acessível aos trabalhadores.

O conteúdo deverá estar visível em locais como:

  • Sites oficiais;
  • Murais internos;
  • Redes sociais corporativas.

Essa ampla divulgação é obrigatória e estratégica, além de cumprir a lei, mostra que a empresa valoriza a igualdade e atua com responsabilidade social.

Riscos e penalidades para quem não entregar

A omissão no envio ou divulgação do Relatório de Transparência pode resultar em multas conforme previsto pela legislação. Além das sanções financeiras, há risco de prejuízo à reputação da empresa, tanto para o público interno quanto para o mercado.

O MTE já iniciou o monitoramento das empresas quanto ao cumprimento dessa obrigação. A recomendação é que profissionais de RH e contabilidade estejam atentos ao prazo e aos detalhes do processo.

Mulher sorridente usando um laptop, promovendo o Calendário de RH e DP do QuarkRH para 2025.

Como preencher o Relatório de Transparência

O preenchimento do relatório deve ser feito exclusivamente online, seguindo os seguintes passos:

  1. Acesse o Portal Emprega Brasil;
  2. Faça login com uma conta Gov.br;
  3. Cadastre o representante legal da empresa;
  4. Preencha o questionário complementar;
  5. Confirme o envio das informações até 31 de agosto.

O sistema oferece orientações detalhadas para garantir o envio correto.

Relatório anterior mostrou diferença de 20,9%

No último Relatório de Transparência, publicado em abril de 2025, constatou-se que mulheres ganhavam 20,9% a menos do que homens em funções semelhantes. O estudo analisou mais de 53 mil estabelecimentos em todo o país.

Apesar de tímidos avanços na participação feminina no mercado de trabalho, o relatório deixou claro que a desigualdade salarial ainda é uma realidade consolidada, exigindo ações mais firmes das empresas.

O que o RH precisa saber

O Relatório de Transparência é mais do que uma obrigação legal, é uma oportunidade para rever critérios remuneratórios, alinhar práticas com a legislação e demonstrar compromisso com a equidade de gênero.

Profissionais de RH e DP devem:

  • Acompanhar o preenchimento dos dados;
  • Verificar se há distorções salariais por gênero;
  • Reforçar políticas de diversidade e inclusão;
  • Estabelecer canais internos para denúncias de discriminação.

Estar atento ao Relatório de Transparência é essencial para construir um ambiente de trabalho mais justo, estratégico e alinhado às exigências legais.

Compartilhe este conteúdo com o seu time e evite multas e desgastes à reputação corporativa.

Foto de Eduarda Soares

Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
Todos os post

* Campos Obrigatórios

* Campos Obrigatórios