Trabalho híbrido 2.0: 47% dos colaboradores querem mais flexibilidade

Trabalho híbrido 2.0 redefine o futuro: 47% querem mais flexibilidade, 81% sofrem monitoramento digital e 65% apoiam microshifting.
Mulher sorridente usando laptop em mesa de trabalho em casa, com notebooks, fone de ouvido e chá, ambiente acolhedor e bem iluminado fazendo trabalho híbrido 2.0.

A forma de trabalhar em 2025 mudou de direção. Se antes a discussão girava em torno do “onde” trabalhar, agora o debate está em “quando” trabalhar. O conceito de trabalho híbrido 2.0 surge nesse cenário, marcado por demandas de flexibilidade, monitoramento digital crescente e novas formas de organizar a rotina. 

Dados do relatório 2025 State of Hybrid Work, da Owl Labs, revelam que 47% dos profissionais ainda não têm a liberdade de horários que desejam, e 37% sequer aceitariam vagas sem essa flexibilidade.

Trabalho híbrido 2.0 e a busca por flexibilidade

O desejo por autonomia vai além do local de trabalho. De acordo com o relatório, 30% dos funcionários não têm hora definida para iniciar ou encerrar o expediente, enquanto 59% marcam compromissos pessoais no horário de trabalho e 38% dedicam até uma hora diária a essas atividades. Essa dissolução de fronteiras mostra que o trabalho híbrido 2.0 está diretamente ligado ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A flexibilidade é tão valorizada que 27% dos trabalhadores aceitariam reduzir o salário em 8% para adotar jornadas de quatro dias na semana. Esse número reforça a força de uma mudança que já não é apenas tendência, mas realidade para muitas empresas.

O fenômeno do “hybrid creep”

Apesar da busca por autonomia, cresce silenciosamente o movimento contrário: o chamado “hybrid creep”. Em 2025, 63% dos profissionais estão em regime presencial, 28% no modelo híbrido e apenas 9% totalmente remotos. Entre os híbridos, 34% já vão ao escritório quatro dias por semana, contra 32% em 2024 e 23% em 2023.

Curiosamente, 21% dos trabalhadores gostariam de ampliar a presença no escritório para quatro dias, citando ganhos em gestão de pessoas (58%), networking (56%), colaboração (55%) e mentoria (52%). O trabalho híbrido 2.0, portanto, não significa apenas mais liberdade, mas também uma nova forma de negociar presença e produtividade.

Monitoramento digital e controle

Outro ponto que marca o trabalho híbrido 2.0 é a vigilância digital. O relatório mostra que 81% das empresas utilizam softwares de rastreamento, monitorando logins, movimentos de mouse e até reuniões. Para 78% dos trabalhadores, a exigência de retorno presencial está ligada ao desejo das empresas de exercer maior controle.

Enquanto defensores apontam benefícios como prevenção de mau uso de sistemas (56%) e proteção de dados (55%), críticos alertam que 79% dos gestores acreditam que esse tipo de prática mina a confiança e 70% dizem que gera a sensação de vigilância constante.

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Microshifting: blocos curtos e não lineares

A ascensão do microshifting é um dos pilares do trabalho híbrido 2.0. Esse modelo organiza o trabalho em blocos curtos e não lineares, atraindo 65% dos trabalhadores, número que sobe para 73% entre millennials. Entre os cuidadores, 62% relatam que o formato ajudaria a conciliar responsabilidades familiares com demandas profissionais.

Esse modelo ganha força especialmente em um contexto no qual 68% dos pais que trabalham presencialmente em tempo integral se preocupam com o impacto das responsabilidades domésticas na carreira.

IA e liderança no trabalho híbrido 2.0

Outro fator transformador é a inteligência artificial. O relatório aponta que 80% dos profissionais já usaram IA no trabalho e 27% utilizam diariamente. Mais da metade gostaria até de ter um avatar de IA para representá-los em reuniões. Esse dado reforça que o trabalho híbrido 2.0 não se limita ao espaço físico, mas se expande para ferramentas digitais que ampliam a produtividade.

Mesmo diante de tantas mudanças, a liderança segue como peça-chave. Cerca de 89% dos trabalhadores afirmam que contar com um gestor de apoio é um dos pontos mais importantes para o desenvolvimento da carreira.

O futuro do trabalho híbrido 2.0

O trabalho híbrido 2.0 mostra que o futuro não se resume a “casa ou escritório”. O verdadeiro desafio está em equilibrar horários, confiança, tecnologia e bem-estar. Com 47% dos profissionais pedindo mais flexibilidade e 81% sob monitoramento, as empresas precisam rever práticas para evitar queda no engajamento e perda de talentos.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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