
Crédito do Trabalhador: portabilidade começa em junho
A partir de 6 de junho de 2025, trabalhadores formais poderão portar suas dívidas diretamente para o Crédito do Trabalhador, uma linha de financiamento que já movimentou mais de R$ 11,4 bilhões desde seu lançamento. Com a nova funcionalidade de portabilidade, será possível migrar empréstimos antigos, como consignados, para instituições financeiras com taxas mais atrativas, proporcionando alívio financeiro e maior controle sobre o orçamento do trabalhador.
A expectativa é de que essa mudança aumente significativamente a contratação da linha e reduza os altos índices de endividamento entre os celetistas.
Como funciona a portabilidade no Crédito do Trabalhador
A portabilidade no Crédito do Trabalhador foi criada como uma solução prática para que empregados com crédito pessoal sem garantia ou empréstimos consignados possam renegociar suas dívidas com condições mais vantajosas. A funcionalidade permite transferir o saldo devedor de uma instituição financeira para outra que ofereça juros mais baixos, quitando a dívida anterior no ato da nova contratação.
Além de facilitar o acesso a melhores taxas, a portabilidade estimula a concorrência entre os bancos, o que pode resultar em ofertas ainda mais atrativas para o trabalhador. Se houver margem consignável disponível, o novo empréstimo pode até ter um valor maior, sem ultrapassar o limite de comprometimento da remuneração.
Por enquanto, o processo não pode ser feito pela Carteira de Trabalho Digital. A troca de instituição deve ser realizada diretamente com o banco de destino, que ficará responsável por quitar a dívida original e firmar o novo contrato.
Quem pode portar e o que esperar da mudança
Todos os trabalhadores com carteira assinada que possuem contratos ativos de crédito pessoal (CDC) ou empréstimos consignados poderão usar a portabilidade no Crédito do Trabalhador. A condição é que a nova instituição esteja habilitada no programa, que já conta com mais de 70 bancos cadastrados, sendo 39 já em plena operação.
Esse novo mecanismo funciona como um leilão: bancos têm acesso à lista de trabalhadores com contratos ativos e podem oferecer condições melhores para atraí-los. Com taxas de juros que, em alguns casos, caem pela metade, a portabilidade no Crédito do Trabalhador se torna uma alternativa estratégica para aliviar o orçamento dos empregados.

Números que mostram a força do programa
A linha do Crédito do Trabalhador já beneficiou mais de 2 milhões de brasileiros desde seu lançamento, demonstrando forte adesão por parte dos empregados formais. O valor médio contratado gira em torno de R$ 5.383,21 por contrato, refletindo o perfil de uso da linha, que é voltada para a reorganização financeira e quitação de dívidas mais caras. O prazo médio de pagamento é de 17 meses, com parcelas mensais acessíveis, na faixa de R$ 316,61, respeitando o limite de comprometimento da remuneração.
Esses dados mostram que o programa tem se consolidado como uma alternativa real para redução do endividamento dos trabalhadores, oferecendo condições mais justas e previsíveis de crédito.A linha do Crédito do Trabalhador já beneficiou mais de 2 milhões de brasileiros, com uma média de empréstimo de R$ 5.383,21 por contrato. O prazo médio de pagamento é de 17 meses, com parcelas em torno de R$ 316,61.
Até o momento, os estados com maior volume contratado foram:
- São Paulo: R$ 3 bilhões
- Minas Gerais: R$ 960,8 milhões
- Rio de Janeiro: R$ 940,5 milhões
- Paraná: R$ 769,3 milhões
- Rio Grande do Sul: R$ 760,8 milhões
Entre os bancos, o Banco do Brasil lidera em volume emprestado, com R$ 3,1 bilhões liberados, a maioria voltada à quitação de dívidas mais caras via portabilidade no Crédito do Trabalhador.
O que o DP precisa fazer?
Com a nova etapa do programa, o setor de Recursos Humanos deve se preparar para:
- Informar os colaboradores sobre a possibilidade de portabilidade;
- Auxiliar em dúvidas relacionadas a margens consignáveis;
- Monitorar eventuais impactos na folha de pagamento;
- Acompanhar os bancos habilitados no programa.
A portabilidade no Crédito do Trabalhador traz uma nova dinâmica à gestão financeira do colaborador, e o DP tem papel estratégico em disseminar esse conhecimento e apoiar a saúde financeira dos trabalhadores.
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