Brasil tem só 6,2 pontos em segurança psicológica

Novo relatório mostra que o Brasil ainda enfrenta níveis baixos de segurança psicológica nas empresas, com pontuações entre 6,2 e 6,8. Entenda os impactos e o que muda com a NR-1.
Mulher jovem com cabelo cacheado, usando blazer bege e roupa marrom, segurando a cabeça e parecendo ter pouca segurança psicológica enquanto trabalha no computador em um escritório à noite.

A segurança psicológica virou um dos principais termômetros para avaliar saúde mental, cultura interna e capacidade de inovação dentro das empresas e os novos dados nacionais mostram um cenário que acende alerta entre os profissionais de RH. 

O relatório global interno, da Fearless Organization, revelou que o Brasil ainda opera abaixo da média internacional em segurança psicológica, indicando que parte significativa dos trabalhadores segue com receio de falar, questionar ou reportar problemas no ambiente de trabalho.

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Níveis baixos de segurança psicológica preocupam RH

Segundo o levantamento, a pontuação média brasileira de segurança psicológica ficou entre 6,2 e 6,8, enquanto a média global gira em torno de 7,1. O dado reforça que ainda existe uma distância real entre os esforços das empresas e a experiência prática dos trabalhadores.

Entre 40% e 45% dos respondentes afirmaram sentir medo de sofrer consequências negativas ao expressar opiniões ou levantar problemas. Essa sensação se conecta a fatores como cultura hierárquica, baixa abertura para diálogo e fragilidade nas relações de confiança com lideranças.

Para o RH, esse alerta não diz respeito apenas ao bem-estar emocional: ele impacta diretamente na colaboração, produtividade e retenção. Ambientes com baixa segurança psicológica tendem a registrar mais estresse, mais ansiedade e menos iniciativas inovadoras.

Diagnóstico NR-01

Segurança psicológica e a chegada da NR-1

A discussão ganha ainda mais força com a nova NR-1, que passou a exigir que empresas identifiquem e combatam riscos psicossociais, como assédio moral, sobrecarga de trabalho e ambientes tóxicos.

A norma amplia a responsabilidade organizacional ao incluir fatores emocionais e relacionais na gestão de saúde e segurança. Isso significa que a empresa agora deve diagnosticar, prevenir e monitorar riscos ligados diretamente à segurança psicológica, tanto de colaboradores quanto de profissionais terceirizados.

A partir de maio de 2026, o cumprimento será obrigatório e empresas que não se prepararem podem enfrentar desafios operacionais, jurídicos e reputacionais.

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Expectativas para o futuro: desempenho melhor onde há segurança

Os dados também apontam um caminho otimista: equipes que alcançam pontuações acima de 7,5 em segurança psicológica no Brasil registram até 30% mais engajamento e 40% menos intenção de rotatividade.

Essa combinação se torna ainda mais forte quando alinhada ao perfil cultural brasileiro, historicamente mais relacional e empático. Quando essa empatia se une a práticas formais de segurança psicológica, o ambiente de trabalho tende a se tornar mais confiável, cooperativo e orientado ao aprendizado.

Com a nova NR-1 entrando em vigor em 2026, o cenário aponta para uma mudança de paradigma, do modelo reativo para um modelo preventivo, contínuo e centrado no cuidado humano.

LEIA MAIS: Como a sua empresa pode se adequar a nova NR-1?

Caminhos para fortalecer a segurança psicológica

Para atender à NR-1 e elevar os níveis de segurança psicológica, especialistas sugerem que as empresas invistam em quatro frentes principais:

  • Diagnóstico: medir o nível atual de segurança psicológica e mapear riscos psicossociais com metodologias confiáveis.
  • Sensibilização: treinar lideranças e equipes para criar diálogos mais abertos, acolhedores e sem medo de retaliação.
  • Ação preventiva: estruturar políticas claras contra assédio, canais de denúncia, revisão de cargas de trabalho e práticas que reduzam exaustão.
  • Monitoramento contínuo: reavaliar periodicamente a percepção das equipes e ajustar processos com base em indicadores reais.

Esses passos já vêm sendo adotados de forma educativa desde 2025, mas ganharão caráter obrigatório em 2026, o que exige planejamento estruturado desde já.

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Um movimento que pode transformar o trabalho

A evolução da segurança psicológica no Brasil depende tanto de regulamentação quanto de cultura. Empresas que abraçarem o tema de forma estratégica tendem a construir ambientes mais saudáveis, inovadores e sustentáveis. 

A NR-1 chega como aceleradora de um movimento urgente: criar ambientes onde trabalhadores possam falar, errar, questionar e contribuir sem medo.

👉 Compartilhe esta notícia com sua equipe de RH e ajudem a fortalecer a segurança psicológica antes de 2026!

Foto de Eduarda Soares

Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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