
A indústria lidera geração de vagas e jovens de até 17 anos são maioria dos contratos
O Brasil registrou um crescimento expressivo nas contratações de jovem aprendiz nos dois primeiros meses de 2025. Segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram formalizados 34.821 novos contratos de aprendizagem entre janeiro e fevereiro, o que representa um aumento de 20,45% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse salto reflete não apenas o potencial da Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/00), mas também o esforço de empresas e entidades formadoras em oferecer oportunidades para inclusão e qualificação profissional de jovens em todo o país.
Indústria lidera contratações de jovem aprendiz
O setor industrial foi o grande destaque no início do ano, sendo responsável pela maior parte das novas admissões de jovem aprendiz e retenção de novos talentos. Veja o saldo de contratações por setor:
- Indústria: 29.914 contratações
- Construção civil: 3.316 contratações
- Serviços: 1.249 contratações
- Agropecuária: 751 contratações
- Comércio: saldo negativo, com 409 desligamentos a mais que admissões
Somente em fevereiro, foram registradas 76.694 admissões e 54.361 desligamentos de aprendizes, resultando em um saldo positivo de 22.333 vínculos, número 19,03% superior ao mesmo mês de 2024.
Quem são os novos aprendizes?
O perfil dos contratados revela uma importante característica social do programa de aprendizagem:
- 57,24% têm até 17 anos
- 52,34% são mulheres
- 45,44% estão cursando o ensino médio
Esse recorte mostra como a Lei da Aprendizagem impacta diretamente os jovens em fase escolar, contribuindo com sua formação profissional sem comprometer os estudos.
O que diz a Lei da Aprendizagem?
A Lei nº 10.097/2000 determina que empresas de médio e grande porte devem contratar aprendizes em percentual que varia entre 5% e 15% de seus funcionários. Podem participar:
- Jovens de 14 a 24 anos
- Que estejam frequentando a escola (ensino fundamental ou médio)
O contrato tem duração de até dois anos e garante todos os direitos trabalhistas, como:
- Carteira assinada
- Salário compatível
- 13º salário
- Férias remuneradas
- Vale-transporte
A parte teórica do curso é oferecida por entidades qualificadoras, que acompanham o desenvolvimento prático do jovem aprendiz dentro da empresa.
Oportunidade de futuro para jovens brasileiros
A aprendizagem profissional tem se consolidado como uma estratégia eficaz de inclusão e qualificação no Brasil. Em fevereiro de 2025, o país alcançou a marca de 633.720 contratos ativos de jovens aprendizes, representando um crescimento de 33,52% em comparação com 2020.
O aumento expressivo reforça a importância do programa como ferramenta de transformação social, abrindo caminhos para que milhares de jovens iniciem suas jornadas no mercado de trabalho com mais preparo e dignidade.
Aprendizagem fortalece empresas e transforma realidades
O crescimento nas contratações de jovem aprendiz também evidencia o papel estratégico das empresas na promoção da responsabilidade social e na construção de uma força de trabalho mais preparada.
Além de garantirem todos os direitos trabalhistas, como salário, carteira assinada, 13º e férias, os contratos de aprendizagem são acompanhados por instituições qualificadoras, que oferecem formação teórica paralela à prática nas empresas. Isso permite que os jovens desenvolvam competências técnicas e comportamentais alinhadas às exigências do mercado.
Para as organizações, investir em programas de aprendizagem é uma oportunidade de formar talentos desde cedo, promovendo uma cultura de desenvolvimento e inclusão que gera impacto positivo tanto nos negócios quanto na sociedade.
Inclusão e futuro promissor
Com o crescimento nas contratações e a consolidação da aprendizagem como política pública de inclusão, 2025 já mostra sinais promissores para jovens em busca do primeiro emprego formal. Os dados reforçam o impacto positivo do programa na formação profissional e na construção de um futuro mais justo e qualificado para as novas gerações.
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