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Exame admissional: o que é, como funciona e o que reprova

Entenda o que é o exame admissional, como funciona, o que reprova, quais exames são feitos e como o DP pode evitar riscos e erros no processo.
Profissional de saúde realiza exame admissional com cliente em consultório, explicando procedimentos e requisitos para o trabalho.

A contratação de um novo colaborador envolve muito mais do que assinatura de contrato e cadastro no sistema. 

Um dos passos mais importantes, e também um dos que mais geram dúvidas no RH e no Departamento Pessoal, é o exame admissional.

O exame médico admissional é obrigatório, tem impacto direto na conformidade legal da empresa e, quando mal conduzido, pode gerar riscos trabalhistas, passivos futuros e insegurança tanto para o empregador quanto para o trabalhador.

Neste artigo, você vai entender o que é o exame admissional, como ele funciona, o que é avaliado, o que pode reprovar, quais doenças aparecem, o que o colaborador deve levar e como o DP pode organizar esse processo com mais segurança e menos retrabalho.

1 – O que é exame admissional?

O exame admissional é uma avaliação médica obrigatória realizada antes do início das atividades do colaborador na empresa. Ele faz parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e tem como principal objetivo verificar se o trabalhador está apto ou inapto para exercer a função para a qual foi contratado.

Esse exame protege ambos os lados. A empresa evita assumir riscos relacionados a doenças pré existentes incompatíveis com a função e o trabalhador garante que não será exposto a atividades que possam agravar sua saúde.

O resultado do exame gera o atestado admissional, documento que deve ser arquivado pela empresa e pode ser solicitado em fiscalizações ou ações trabalhistas.

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2 – Como é o exame admissional na prática?

Uma dúvida muito comum é como é o exame admissional e se ele é sempre igual para todas as funções. 

A resposta é não. O exame admissional varia de acordo com os riscos ocupacionais do cargo, definidos no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) da empresa.

De forma geral, o processo envolve:

  • Anamnese ocupacional e clínica;
  • Avaliação física básica;
  • Verificação de histórico de doenças e acidentes;
  • Exames complementares, quando exigidos pelo risco da função.

Cargos administrativos costumam ter avaliações mais simples. Funções operacionais, de risco ou insalubres exigem exames mais específicos.

Profissional de saúde realizando exame admissional com candidata em consultório, explicando os procedimentos e critérios de aprovação.

3 – O que é feito em um exame admissional?

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é feito em um exame admissional. Durante a consulta, o médico do trabalho avalia se o colaborador tem condições físicas e mentais para exercer aquela função específica.

Entre os procedimentos mais comuns estão:

  • Medição de pressão arterial;
  • Avaliação de visão e audição;
  • Análise de postura e movimentos;
  • Verificação de sinais vitais;
  • Investigação de doenças prévias;
  • Questionamentos sobre uso de medicamentos contínuos.

Se o cargo exigir, também podem ser solicitados exames como audiometria, espirometria, exames de sangue, raio X ou avaliação psicológica.

4 – Quais são os exames admissionais mais comuns?

Outra dúvida recorrente é quais são os exames admissionais exigidos pela legislação.

Os principais são:

  • Exame clínico ocupacional;
  • Audiometria, para funções com ruído;
  • Espirometria, para exposição a agentes químicos;
  • Acuidade visual;
  • Exames laboratoriais específicos;
  • Avaliação ergonômica, quando aplicável.

Lembrando que a escolha dos exames não é aleatória. Ela precisa estar alinhada aos riscos mapeados no ambiente de trabalho.

Mulher no escritório analisando resultado de exame admissional exibido na tela do laptop, em ambiente de trabalho com papeladas e computadores ao fundo.

5 – O que devo levar para o exame admissional?

Do lado do colaborador, a pergunta mais comum é: o que devo levar para o exame admissional?

O DP pode evitar atrasos e retrabalho orientando previamente o novo contratado. Em geral, é necessário levar:

  • Documento oficial com foto;
  • CPF;
  • Encaminhamento para exame admissional fornecido pela empresa;
  • Exames médicos anteriores, se houver;
  • Óculos ou lentes de contato, se usar;
  • Lista de medicamentos de uso contínuo.

Quando essa orientação não é clara, o exame pode ser reagendado, atrasando a admissão e impactando a rotina do DP.

6 – O que pode reprovar no exame médico admissional?

É importante esclarecer que o exame admissional não reprova doenças, mas avalia aptidão para uma função específica.

Sendo assim, o colaborador pode ser considerado inapto quando:

  • A condição de saúde oferece risco à sua integridade;
  • Existe chance real de agravamento da doença pela atividade;
  • A função exige capacidades que o trabalhador não possui no momento;
  • Há incompatibilidade entre restrições médicas e tarefas do cargo.

Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico do trabalho, com base nos riscos ocupacionais.

7 – Quais doenças aparecem no exame admissional?

O exame não tem como objetivo fazer um diagnóstico amplo, mas algumas condições podem ser identificadas ou relatadas durante a avaliação, como:

  • Hipertensão;
  • Problemas de visão;
  • Alterações auditivas;
  • Doenças osteomusculares;
  • Problemas respiratórios;
  • Transtornos já diagnosticados e informados pelo colaborador.

Vale reforçar que ter uma doença não significa automaticamente inaptidão. O critério sempre será a relação entre a condição de saúde e a função exercida.

Profissional de saúde realiza exame admissional em funcionária em clínica médica, ilustrando o procedimento de exame admissional, incluindo avaliação de saúde e reprovação.

8 – Exame admissional pode dar inapto temporário?

Sim. Em alguns casos, o médico pode emitir um inapto temporário, quando a condição de saúde é reversível ou exige acompanhamento antes do início das atividades.

Exemplos comuns incluem:

  • Pressão descontrolada;
  • Recuperação de cirurgia recente;
  • Tratamentos médicos em andamento.

Nessas situações, o DP deve aguardar nova avaliação antes de concluir a admissão.

9 – O exame admissional é obrigatório para todas as empresas?

Sim. O exame admissional é obrigatório para todas as empresas que contratam trabalhadores sob regime CLT, independentemente do porte ou segmento.

Mesmo em contratações urgentes, o exame deve ser realizado antes do início das atividades, uma vez que admitir um colaborador sem exame admissional expõe a empresa a multas, autuações e riscos jurídicos relevantes.

10 – Quem paga o exame admissional?

O custo do exame admissional é de responsabilidade da empresa. O valor pode variar conforme:

  • Tipo de exame exigido;
  • Complexidade da função;
  • Clínica escolhida;
  • Região.

Cobrar esse custo do colaborador não é permitido.

11 – Qual é o prazo para fazer o exame admissional?

O exame admissional deve ser realizado antes do primeiro dia de trabalho

O ideal é que ele aconteça após a assinatura da proposta e antes do envio de eventos admissionais aos sistemas obrigatórios.

Quando o prazo não é respeitado, o RH corre risco de inconsistências legais e questionamentos futuros.

12 – Diferença entre exame admissional, periódico e demissional

É comum haver confusão entre os tipos de exames ocupacionais, mas vamos diferenciá-los de forma simples:

O exame admissional avalia a aptidão antes do início das atividades.
O exame periódico acompanha a saúde do trabalhador ao longo do vínculo empregatício.
O exame demissional verifica as condições de saúde no encerramento do contrato.

Cada um tem um papel específico e todos fazem parte da gestão de saúde ocupacional.

13 – Clínica de exame admissional: como escolher e avaliar

Escolher a clínica de exame admissional certa faz toda a diferença para a fluidez da admissão e para a segurança jurídica da empresa. 

Não se trata apenas de preço, mas de confiabilidade, prazos e alinhamento com as exigências legais.

O DP deve verificar se a clínica conta com médico do trabalho habilitado, estrutura adequada para realizar os exames exigidos pelo PCMSO e capacidade de emitir o atestado admissional dentro do prazo necessário para a admissão. 

Atrasos na entrega do ASO (atestado de saúde ocupacional)  podem comprometer o início das atividades e gerar inconsistências nos registros obrigatórios.

Outro ponto importante é a padronização das informações. 

Clínicas que entregam documentos incompletos, ilegíveis ou fora do padrão aumentam o retrabalho do DP. 

Sempre que possível, priorize clínicas que ofereçam integração digital, histórico organizado dos exames e comunicação clara com o DP. Isso reduz riscos, melhora a experiência do colaborador e traz mais previsibilidade ao processo admissional.

14 – Por que o exame admissional exige atenção redobrada do RH e DP?

Para o RH e o Departamento Pessoal, o exame admissional não é apenas uma formalidade. Ele está diretamente ligado a:

  • Conformidade com a legislação trabalhista;
  • Prevenção de passivos judiciais;
  • Segurança do trabalhador;
  • Organização documental;
  • Prazos de admissão e folha.

Quando esse processo é feito de forma manual, com controles paralelos, e-mails e planilhas, o risco de erro aumenta consideravelmente.

Profissional de saúde analisando resultados de exames médicos em escritório, relacionado a exame admissional, avaliação de saúde para emprego.

15 – Concluindo

O exame admissional vai muito além de uma exigência legal. Ele é uma ferramenta de proteção, prevenção e responsabilidade.

Quando bem conduzido, traz segurança jurídica para a empresa, tranquilidade para o trabalhador e mais controle para o RH e o DP.

Se a sua empresa busca mais organização, menos retrabalho e processos admissionais mais confiáveis, busque soluções que automatizam controles, centralizam documentos e apoiam o DP em cada etapa da admissão.

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Foto de Marília Cordeiro

Marília Cordeiro

Jornalista com mais de 10 anos de experiência em marketing e criação de conteúdo para empresas de tecnologia e RH. Gosta de transformar temas complexos em textos leves, estratégicos e que ajudam pessoas.
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