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População negra enfrenta maior exclusão no mercado de trabalho, aponta levantamento

Dados recentes revelam uma dura realidade: maior taxa de desemprego, informalidade e remunerações inferiores em comparação com outras parcelas da população.

A exclusão racial ainda impacta severamente a inserção da população negra no mercado de trabalho no Brasil, com efeitos mais pronunciados entre as mulheres negras. Dados recentes revelam uma dura realidade: maior taxa de desemprego, informalidade e remunerações inferiores em comparação com outras parcelas da população.

O Desemprego e a Exclusão da População Negra

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, a taxa média de desemprego no segundo trimestre de 2024 foi de 6,9%. Contudo, para mulheres negras, esse índice mais que dobra, atingindo 10,1%, enquanto para homens não negros é de apenas 4,6%. Isso reflete uma exclusão estrutural, que ainda concentra mulheres negras em ocupações precarizadas e mal remuneradas, como serviços domésticos, de limpeza e alimentação.

“A cor da pele continua limitando o acesso a postos de trabalho com remunerações melhores”, afirmou Paula Montagner, subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho. Ela destacou que as mulheres negras foram as mais impactadas durante a pandemia, principalmente as empregadas domésticas.

Precarização e Condições Análogas à Escravidão

Entre 2002 e 2024, 66% dos trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão eram negros, segundo o levantamento do seguro-desemprego para essas situações. Além disso, dados indicam que a informalidade no trabalho atinge 44,1% dos homens negros e 41% das mulheres negras, taxas significativamente superiores às de suas contrapartes não negras.

Desigualdades Salariais Persistem

Relatório de Transparência Salarial de 2023, com dados de mais de 50 mil empresas, revelou que as mulheres negras recebem apenas 50,2% da remuneração dos homens brancos, mesmo em funções equivalentes. Em 42,7% das empresas analisadas, as mulheres negras representam até 10% da força de trabalho, evidenciando a sub-representação nos quadros corporativos.

Além disso, as mulheres, de forma geral, ganham em média 20,7% menos que os homens, segundo o mesmo levantamento.

Avanços Educacionais Contrapõem Realidade do Mercado

Apesar da exclusão, a escolaridade tem avançado, sobretudo entre a população negra. De 2019 a 2024, houve aumento de indivíduos com ensino superior completo ou em curso, com destaque para mulheres negras. Ainda assim, a melhora educacional não tem sido suficiente para superar os desafios estruturais do mercado de trabalho.

Uma Realidade que Exige Transformação

Enquanto os números revelam algumas boas notícias no campo educacional, as barreiras para a população negra persistem no mercado de trabalho. O Brasil enfrenta o desafio de promover igualdade de oportunidades, combatendo a discriminação e oferecendo condições dignas para todos os trabalhadores.

A desigualdade racial no emprego não é apenas uma questão de justiça social, mas também de desenvolvimento econômico. Um mercado de trabalho mais inclusivo não só reduz as desigualdades como fortalece a sociedade como um todo.

Fonte: Ministério do Trabalho

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Anderson Santos

Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela UFRN e pós-graduação em Marketing Estratégico pela Universidade Potiguar. Atuo nas áreas de comunicação, endomarketing, marketing digital, produção de conteúdo, copywriting e redação focada em SEO.
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