Pesquisa revela que 44% dos trabalhadores já aceitariam um gestor de IA

Quase 50% dos profissionais aceitariam um gestor de IA em vez de um gestor humano. Entenda os impactos dessa mudança na liderança e no futuro do trabalho.
Homem trabalhando no escritório com gestor de IA (inteligência artificial) exibido na tela do computador, simbolizando inovação e tecnologia.

O mundo do trabalho vive uma transformação inédita. Um levantamento recente feito pela Workforce Lab do Slack, mostrou que 44% dos trabalhadores aceitariam ter um gestor de IA no lugar de um gestor humano. Além disso, metade dos executivos de alto escalão também afirmou preferir líderes digitais, revelando um deslocamento na forma como as organizações encaram autoridade, confiança e cultura no ambiente corporativo.

A ascensão do gestor de IA

A pesquisa revelou que 45% dos trabalhadores confiam mais na inteligência artificial do que em colegas de trabalho. Já entre os executivos C-level, 50% consideram a ideia de um gestor de IA mais atraente do que a de depender de gestores humanos.

Essa tendência é explicada pela percepção de que a IA oferece maior imparcialidade, decisões rápidas e disponibilidade 24 horas por dia. Diferente dos gestores humanos, a tecnologia é vista como livre de favoritismos e mais objetiva nas avaliações de desempenho.

Outro ponto interessante é que o interesse por um chefe de IA varia entre gerações e setores. Entre profissionais de tecnologia e telecomunicações, os índices de confiança são mais elevados, passando de 50%. Já entre trabalhadores da geração Z, muitos afirmam enxergar a IA quase como um colega de trabalho, o que ajuda a normalizar a ideia de depender dela para tarefas de supervisão e gestão.

Por que os profissionais confiam no gestor de IA?

Os trabalhadores apontam três fatores principais para justificar a preferência pelo gestor de IA:

  • Imparcialidade: decisões sem influência de humor ou vieses pessoais.
  • Eficiência: capacidade de analisar grandes volumes de dados de forma imediata.
  • Acessibilidade: disponibilidade constante para dar feedbacks e orientações.

Esses elementos reforçam a ideia de que a tecnologia pode oferecer mais clareza e justiça em processos de promoção, demissão e reconhecimento de talentos. Em ambientes nos quais a produtividade pode ser facilmente mensurada, como call centers ou áreas de vendas, o apelo por um gestor de IA é ainda maior.

Os riscos de substituir gestores humanos

Apesar do entusiasmo, especialistas alertam para os riscos associados ao gestor de IA. A liderança vai além de processos objetivos: envolve empatia, motivação e desenvolvimento humano, pontos que a tecnologia ainda não reproduz plenamente.

Outro desafio é a transparência. Muitos sistemas de IA funcionam como “caixas-pretas”, dificultando a compreensão de como decisões são tomadas. Esse fator pode gerar desconfiança caso colaboradores não entendam os critérios usados pela ferramenta.

Além disso, a preferência por um gestor de IA pode fragilizar a cultura organizacional. Se os profissionais passarem a enxergar mais valor em sistemas automatizados do que em líderes humanos, a construção de confiança e pertencimento pode se deteriorar.

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O futuro da liderança com IA

A tendência mostra que o gestor de IA pode ocupar papel relevante, mas como um complemento e não um substituto absoluto da liderança humana. Agentes de IA já atuam como co-pilotos em tarefas de gestão, oferecendo análises, diagnósticos e suporte a decisões, mas ainda enfrentam resistência quando se trata de assumir autoridade plena.

A transformação cultural é inevitável: quanto mais naturalizada a IA se torna no dia a dia, maior será a pressão para integrá-la às estruturas hierárquicas. A questão central para as empresas é equilibrar eficiência tecnológica com o fator humano, garantindo que colaboradores continuem a se sentir valorizados e ouvidos.

Nesse cenário, o desafio não é apenas adotar o gestor de IA, mas definir limites claros para seu papel. A gestão do futuro deve ser híbrida: máquinas fornecendo dados e precisão, enquanto líderes humanos mantêm a empatia e a capacidade de inspirar pessoas.

Repensando o papel da liderança

O crescimento da confiança no gestor de IA revela tanto o avanço da tecnologia quanto a crise de credibilidade das lideranças tradicionais. Para que organizações prosperem, será necessário encontrar o ponto de equilíbrio: utilizar a IA como aliada sem perder a essência da gestão humana, pautada na empatia, no diálogo e na cultura compartilhada.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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