Com a Geração Z representando uma parcela crescente da força de trabalho global, as empresas enfrentam o desafio de adaptar suas estratégias de gestão para apoiar esses jovens profissionais.
Estima-se que até 2030, eles constituirão 30% da força de trabalho nos Estados Unidos, enquanto no Brasil, já somam mais de 10% da população, com mais de 21 milhões de jovens, de acordo com o IBGE. Essa geração, nascida entre 1997 e 2012, traz uma visão diferente sobre o ambiente de trabalho, valorizando autenticidade, equilíbrio e propósito. Para apoiar a Geração Z de maneira eficaz, as empresas precisam entender suas necessidades específicas e criar um ambiente que reflita seus valores.
Uma das principais expectativas desses profissionais é a flexibilidade no trabalho. Pesquisas indicam que mais de 70% dos jovens da Geração Z preferem modelos de trabalho híbrido ou remoto, pois priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A rigidez dos horários tradicionais de trabalho, muitas vezes, não atende às suas expectativas. Além disso, essa geração busca empresas que valorizem a transparência e ofereçam oportunidades de crescimento contínuo. Investir em programas de treinamento e desenvolvimento, além de fornecer feedbacks construtivos, são estratégias essenciais para manter esses profissionais engajados.
Outro ponto importante é a conexão entre trabalho e propósito. Jovens da Geração Z são menos motivados pelo ganho financeiro e mais pela oportunidade de fazer a diferença. Um estudo da EY mostrou que 39% dos membros dessa geração desejam impactar positivamente o mundo, e muitas vezes escolhem empregos em organizações que compartilham de seus ideais de justiça social, sustentabilidade e diversidade. As empresas que se destacam em valores como responsabilidade social, inclusão e equidade tendem a atrair e reter melhor esses talentos, que buscam um ambiente de trabalho onde possam alinhar suas contribuições profissionais com seus valores pessoais.
A saúde mental é outra preocupação central para a Geração Z, com um aumento significativo nos níveis de ansiedade e estresse entre esses jovens. De acordo com um relatório do McKinsey Health Institute, essa geração é a que mais sofre com problemas relacionados à saúde mental, com 25% relatando dificuldades em falar abertamente no ambiente de trabalho. Para apoiar esses profissionais, as empresas devem investir em iniciativas de bem-estar, como a oferta de recursos de saúde mental, dias de descanso focados no bem-estar e um ambiente que incentive a discussão aberta sobre essas questões. Ao demonstrar cuidado genuíno com o bem-estar emocional de seus colaboradores, as organizações não só melhoram a satisfação e produtividade da equipe, mas também fortalecem a lealdade e o engajamento dessa nova geração.
Fonte: The Shift