
A terceira edição do Panorama da Saúde Emocional do RH 2025 revela números preocupantes sobre quem está na linha de frente da gestão de pessoas no Brasil. Ansiedade, sobrecarga e desmotivação já fazem parte da realidade da maioria dos profissionais da área, o que reforça a urgência de repensar práticas e oferecer mais apoio dentro das empresas.
O levantamento, que ouviu 889 profissionais entre junho e julho de 2025, mostra que os desafios da saúde emocional do RH estão diretamente ligados à pressão por resultados, longas jornadas e múltiplas responsabilidades. A combinação desses fatores tem ampliado os sintomas de ansiedade e burnout, indicando que o setor, responsável por cuidar das pessoas dentro das organizações, precisa agora de maior atenção e suporte para preservar seu próprio equilíbrio.
Ansiedade e burnout em alta
Segundo a pesquisa, 53% dos profissionais de RH conviveram com ansiedade, burnout ou depressão no último ano. Quando somada a falta de motivação, essa taxa chega a 70%, frente aos 65% em 2024. A ansiedade segue como o sintoma mais recorrente, atingindo 44% dos respondentes, enquanto 17% citaram desmotivação, 5% burnout e 4% depressão.
O dado mais preocupante é a queda do número de profissionais que afirmam não ter sintomas: passou de 35% em 2024 para apenas 22% em 2025. Isso mostra que a saúde emocional do RH está cada vez mais comprometida.
Sobrecarga atinge 78% do RH
A rotina do setor segue marcada por jornadas longas e pressão por resultados. O estudo aponta que 78% dos profissionais se sentem sobrecarregados, número levemente inferior a 2024 (82%), mas ainda alarmante. Entre os Business Partners, esse índice chega a 91%.
Além disso, o percentual de quem trabalha mais de 10 horas por dia aumentou de 5% para 8,5% em apenas um ano. A média gerência é a faixa mais pressionada: 48% relatam ansiedade e 7% burnout.
Lideranças sob pressão
Outro ponto crítico identificado pela pesquisa é a percepção sobre os gestores. Enquanto em 2024 quase metade dos profissionais (49%) descrevia sua liderança como humanizada, em 2025 esse número caiu para 38%. Já os que classificam seus líderes como tóxicos aumentaram de 8% para 12%.
A saúde emocional do RH também sofre impacto pela falta de reconhecimento: 38% afirmam não se sentir valorizados, e 44% relatam a necessidade de estarem disponíveis o tempo todo.

Inteligência artificial e novas demandas
O avanço da inteligência artificial no setor trouxe mudanças significativas. Apenas 22% das empresas ainda não utilizam a tecnologia, e cresceu a percepção de que ela pode reduzir tarefas operacionais. No entanto, 64% ainda têm preocupações com os impactos da IA, especialmente riscos legais e éticos. Esse cenário soma novas tensões à já frágil saúde emocional do RH.
O papel da NR-1 e das empresas
A atualização da NR-1, que passa a exigir a inclusão de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos, foi vista como positiva por 65% dos entrevistados, que acreditam que a norma pode fortalecer políticas de apoio. Ainda assim, apenas 5% das empresas afirmam estar totalmente preparadas para a mudança.
Outro avanço aparece nos benefícios corporativos: o número de empresas que não oferecem nenhum incentivo relacionado à saúde mental caiu de 60% em 2024 para 42% em 2025.
Cuidar da Saúde Emocional do RH é investir no futuro
Os números deixam claro que a saúde emocional do RH está em alerta. Ansiedade, burnout, sobrecarga e falta de reconhecimento desenham um cenário que não pode mais ser ignorado. Para empresas que desejam crescer de forma sustentável, o desafio é equilibrar inovação, resultados e bem-estar, cuidando também de quem cuida.
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