
O mercado de trabalho brasileiro manteve o ritmo positivo em setembro de 2025. Segundo dados do Novo Caged, o país gerou 213.002 empregos formais no mês, resultado de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos.
Com isso, o saldo acumulado no ano já chega a 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, o que representa um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Sobre o Novo Caged
Criado para monitorar o mercado de trabalho formal, o Novo Caged é o principal instrumento de registro de admissões e desligamentos de empregados sob regime da CLT.
Além de servir de base para o Seguro-Desemprego, o Novo Caged fornece dados fundamentais para políticas públicas, estudos e programas sociais voltados ao mercado de trabalho.
Desde 2020, as informações passaram a ser integradas ao eSocial, tornando o envio dos dados mais ágil e preciso para as empresas e órgãos governamentais.
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Crescimento do emprego formal impulsiona economia
O levantamento do Novo Caged mostra que todos os cinco grandes setores da economia registraram saldo positivo de empregos em setembro. O setor de Serviços foi o destaque do mês, responsável por 106.606 novas vagas, um aumento de 0,5%. Logo em seguida veio a Indústria, com 43.095 postos criados (+0,5%), e o Comércio, com 36.280 novas contratações (+0,3%).
A Construção Civil manteve o bom desempenho e somou 23.855 novos empregos (+0,8%), enquanto a Agropecuária fechou o mês com 3.167 vagas adicionais (+0,2%). O resultado positivo reflete um ambiente econômico mais favorável, mesmo diante de juros ainda elevados e oscilações de consumo.
De acordo com o Novo Caged, o total de vínculos formais ativos no país alcançou 48,9 milhões em setembro. Nos últimos 12 meses, de outubro de 2024 a setembro de 2025, foram criadas 1,39 milhão de vagas formais, um sinal consistente de recuperação do emprego.

Desempenho regional segundo o Novo Caged
Os dados do Novo Caged também mostram que todas as 27 Unidades da Federação apresentaram saldo positivo em setembro. Os maiores números absolutos foram observados em São Paulo (+49.052), Rio de Janeiro (+16.009) e Pernambuco (+15.602).
Em termos proporcionais, o destaque vai para Alagoas (+3%), Sergipe (+1,7%) e Paraíba (+1,1%), que tiveram os maiores crescimentos relativos do mês. Já os menores resultados foram registrados em Roraima, Amapá e Acre, todos com variação inferior a 1%.
Esse cenário demonstra uma distribuição mais equilibrada do emprego formal entre os estados, com destaque para o avanço das regiões Nordeste e Sudeste.
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Perfil dos trabalhadores e tipos de vínculo
O Novo Caged revela que os homens foram maioria entre os admitidos, com 117.145 novas vagas, enquanto as mulheres responderam por 95.857 contratações no mês.
Os jovens de 18 a 24 anos e os adolescentes de até 17 anos concentraram 67% das novas vagas, somando mais de 142 mil novos postos. Essa tendência reforça a importância dos programas de primeiro emprego e aprendizagem profissional no país.
Entre os tipos de vínculo, 78,9% dos postos gerados correspondem a empregos típicos (tempo integral e contrato padrão), enquanto 21,1% são não típicos, incluindo jornadas reduzidas e vínculos de aprendizes.
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Salário médio e setores em destaque
Segundo o Novo Caged, o salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.286,34, com leve queda de R$ 20,61 em relação ao mês anterior.
Os empregos típicos tiveram média de R$ 2.332,47, enquanto os não típicos ficaram em R$ 1.949,35, valor cerca de 14,7% inferior.
Os setores que mais contribuíram para o saldo positivo foram:
- Serviços administrativos e complementares (+36.794), impulsionados pela locação de mão de obra temporária (+11.251);
- Educação e saúde (+16.985);
- Alojamento e alimentação (+15.368);
- Transporte e armazenagem (+14.105).
Na indústria, o destaque foi a fabricação de alimentos, com 24.131 novos empregos, seguida pela produção de materiais plásticos e borracha (+2.377).

Perspectivas para o mercado de trabalho em 2025
Os resultados do Novo Caged reforçam que o mercado de trabalho brasileiro segue em trajetória de recuperação sólida, impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela inserção de jovens no mercado formal. Apesar do cenário econômico ainda desafiador, com juros elevados e custos de produção, a tendência é de crescimento gradual na geração de empregos com carteira assinada até o fim de 2025.
Para os profissionais de Recursos Humanos e Departamento Pessoal, acompanhar os dados do Novo Caged é essencial para planejar contratações, ajustar políticas salariais e entender os movimentos do mercado. A expectativa é que, com a retomada de investimentos e o fortalecimento da economia, o Brasil continue ampliando o número de vínculos formais e consolidando um ambiente de trabalho mais estável e inclusivo.
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