A lacuna de autoridade está se tornando um dos maiores desafios da gestão moderna. De acordo com uma pesquisa realizada pela Breath RH, com 500 líderes, 62% afirmam não ter poder real de decisão dentro de suas organizações.
O problema é ainda mais grave entre gestores com pouca experiência: 72% dos profissionais com até três anos no cargo se dizem impotentes para tomar decisões relevantes.
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O que é a lacuna de autoridade e por que ela preocupa o RH
A lacuna de autoridade representa a distância entre as responsabilidades atribuídas aos gestores e o poder real que eles têm para agir. Na prática, muitos líderes são cobrados por resultados, mas não possuem autonomia, ferramentas ou suporte para atingir as metas esperadas.
Esse fenômeno tem impacto direto na cultura corporativa e no engajamento das equipes. Quando os gestores não se sentem confiantes ou empoderados, a tomada de decisão se torna lenta e insegura, afetando o desempenho coletivo e o clima organizacional.
O estudo mostra que 66% dos gestores com menos de seis meses de experiência também percebem essa falta de autoridade. Apesar disso, 83% acreditam que o poder de decisão tende a crescer com o tempo, um sinal de que muitos ainda esperam que o amadurecimento profissional compense a ausência de suporte estrutural.
O antídoto para a lacuna de autoridade
Um dos fatores que mais contribuem para a lacuna de autoridade é a falta de preparo. Cerca de 18% dos líderes afirmaram nunca ter recebido treinamento formal, e 17% disseram não ter sido treinados para lidar com situações complexas no ambiente de trabalho.
O dado mais revelador, porém, é que 69% dos gestores acreditam que o treinamento aumentaria sua confiança e poder de decisão. Isso indica que o RH e os departamentos de desenvolvimento organizacional têm papel fundamental em reduzir essa lacuna.
Programas de capacitação, mentorias e ferramentas práticas para gestão de pessoas podem transformar a forma como os líderes atuam. Além disso, políticas internas que promovam transparência e confiança fortalecem o senso de autonomia, condição essencial para o sucesso da liderança.
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Impactos da lacuna de autoridade nas equipes e na cultura
A lacuna de autoridade não afeta apenas os gestores. Ela se estende às equipes, que passam a sentir falta de direção, clareza e segurança nas decisões. Com o tempo, isso gera queda de motivação, aumento do turnover e menor confiança na liderança.
Especialistas em cultura organizacional alertam que a falta de autonomia nos cargos de gestão cria um efeito cascata: líderes inseguros tendem a reproduzir a mesma limitação em seus times, bloqueando a inovação e a colaboração.
Empresas que investem em treinamento contínuo e empoderamento gerencial, por outro lado, colhem resultados opostos: maior engajamento, produtividade e senso de pertencimento.
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Como o RH pode reduzir a lacuna de autoridade
Para o RH, o combate à lacuna de autoridade exige uma abordagem estratégica. É necessário:
- Mapear as competências dos líderes e identificar gargalos de autonomia;
- Desenvolver programas de treinamento focados em comunicação, tomada de decisão e gestão de pessoas;
- Implementar políticas de confiança e delegação de poder;
- Criar ferramentas que ofereçam suporte prático ao dia a dia dos gestores.
Essas ações não apenas fortalecem a liderança, mas também promovem uma cultura de confiança e aprendizado contínuo. Quando os gestores são apoiados e capacitados, a lacuna de autoridade diminui e o potencial humano cresce.
Liderança autônoma: o caminho para reduzir lacunas
A pesquisa reforça o alerta: sem autonomia e preparo, líderes não conseguem exercer sua função de forma plena. A lacuna de autoridade não é apenas um problema de gestão, mas uma questão estrutural que o RH precisa endereçar com urgência.
Mais do que oferecer treinamentos pontuais, é essencial criar um ambiente que incentive a confiança e o protagonismo. Quando as empresas tratam os gestores como verdadeiros agentes de transformação e não apenas executores de decisões superiores, a lacuna de autoridade começa a se fechar naturalmente.
Esse movimento fortalece a liderança, melhora o desempenho das equipes e consolida uma cultura organizacional mais ágil e estratégica.
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