
Os resultados da nova edição do Check-up de Bem-estar 2025, realizado pela Vidalink, acenderam um sinal vermelho para as empresas brasileiras. Embora o tema esteja cada vez mais presente nas discussões corporativas, os dados mostram que o bem-estar ainda está longe de se traduzir em práticas reais no dia a dia das equipes.
A terceira edição do estudo, que ouviu mais de 11 mil profissionais, expõe desigualdades profundas, crescimento dos sentimentos negativos e um nível preocupante de sobrecarga, especialmente entre mulheres, pessoas pretas e a Geração Z.
LEIA MAIS: Inteligência emocional no trabalho: o segredo do sucesso profissional
Desigualdades de gênero no Check-up de Bem-estar
O Check-up de Bem-estar mostra que a insatisfação geral aumentou em 2025, e com diferenças marcantes entre grupos. As mulheres seguem como o público mais impactado: 29% delas estão insatisfeitas com o próprio bem-estar, quase o dobro dos homens. O cenário se agrava no recorte racial, em que mulheres pretas e pardas apresentam os índices mais críticos entre todos os perfis analisados.
A mesma desigualdade aparece quando o estudo avalia sentimentos negativos. Enquanto o índice geral de ansiedade e angústia caiu levemente, entre as mulheres esses sentimentos subiram. O estudo reforça um ponto importante para o RH: não há como falar de bem-estar sem falar de equidade.

A tendência da rotina sobrecarregada
O peso da dupla jornada segue como um dos fatores que mais prejudicam o bem-estar. No Check-up de Bem-estar, 38% das mulheres afirmaram trabalhar e ainda cuidar da casa e da família, um número muito superior ao dos homens. Isso ajuda a explicar por que elas aparecem entre os grupos mais insatisfeitos em praticamente todos os pilares analisados: saúde mental, física e rotina.
A sobrecarga também é mais intensa para pessoas pretas e pardas, especialmente na Geração Z. O estudo revela que essas desigualdades estruturais continuam moldando a experiência de trabalho de forma profunda.
🚀 Eleve o bem-estar corporativo ao próximo nível
O QuarkRH ajuda sua empresa a identificar necessidades reais dos colaboradores, fortalecer políticas de saúde e implementar ações que fazem diferença no dia a dia.
👉 Conheça nossas soluções e fortaleça a gestão de pessoas!
Saúde mental preocupa no Check-up de Bem-estar
Mesmo com alguns indicadores estáveis, o Check-up de Bem-estar destaca um ponto alarmante: 30% dos trabalhadores não realizam nenhuma prática de cuidado mental. A taxa sobe para 32% entre homens e chega a 36% entre pessoas pretas e pardas.
Enquanto isso, terapias e práticas como meditação seguem com baixa adesão. Já o exercício físico desponta como o principal aliado do bem-estar emocional, apesar da queda na frequência real da prática. Para as empresas, isso reforça a necessidade de benefícios mais acessíveis e políticas de apoio consistentes.
LEIA MAIS: Pesquisa de Clima Organizacional: Importância e como aplicar
Autocuidado básico em queda
Quando alimentação e sono entram na análise, os dados também chamam atenção. A satisfação com a alimentação caiu drasticamente: apenas 21% dos profissionais estão satisfeitos com sua rotina alimentar. Entre as mulheres, o índice cai para 15%. A mensagem é clara: mesmo os pilares mais básicos do autocuidado estão sendo comprometidos.
A qualidade do sono permanece estável, mas ainda é preocupante, com 28% de insatisfeitos. Jovens pretas e pardas da Geração Z são o grupo com maior insatisfação no recorte de sono, reforçando novamente o impacto da desigualdade estrutural.

Caminhos para o RH em 2025
A edição 2025 do Check-up de Bem-estar deixa claro: ainda há um longo caminho até que o bem-estar deixe de ser apenas um discurso e se torne realidade organizacional. Os dados reforçam que as empresas precisam olhar para desigualdades internas, revisar políticas, oferecer suporte emocional e físico e investir em lideranças preparadas. Ignorar esses números não é mais uma opção, é hora de agir com estratégia, sensibilidade e responsabilidade.
👉 Compartilhe esta notícia com sua equipe de RH e incentive uma discussão prática sobre os dados e caminhos de melhoria.







