IA no mercado de trabalho: 87% dos brasileiros apoiam

Adoção da IA no mercado de trabalho divide gerações e rendas. Saiba quem está na frente e quem corre o risco de exclusão digital.
Homem trabalhando em centro de dados com servidores de alta tecnologia, simbolizando armazenamento de dados e infraestrutura de TI vendo IA no mercado de trabalho.

A inteligência artificial (IA) já é realidade no ambiente corporativo. Mas, conforme cresce sua adoção, aumenta também uma nova desigualdade: a exclusão digital. Um estudo global da KPMG com mais de 17 mil pessoas em 17 países mostra que a IA no mercado de trabalho está avançando de forma desigual, favorecendo profissionais mais jovens, com maior renda e que passaram por treinamentos específicos.

Os dados revelam uma transformação silenciosa, mas profunda: enquanto alguns profissionais se adaptam rapidamente à nova era, outros estão ficando para trás, não por falta de interesse, mas por ausência de recursos, conhecimento e oportunidades.

Quem está na frente na corrida da IA no mercado de trabalho

O levantamento mostra que os maiores usuários de IA no trabalho são:

  • Pessoas com menos de 35 anos – mais de 80% utilizam IA com frequência;
  • Profissionais com ensino superior completo – 62% relataram uso regular;
  • Trabalhadores com alta renda – 80% usam IA no dia a dia;
  • Pessoas treinadas em IA – esse grupo apresenta os maiores índices de confiança e uso.

Esses dados revelam que a IA no mercado de trabalho não está apenas mudando a forma de atuar, mas também ampliando divisões baseadas em idade, renda e educação.

Quem está ficando para trás na era da IA

Na outra ponta, a pesquisa revela que menos de 50% dos profissionais com mais de 55 anos, com baixa renda ou sem acesso a treinamento, usam IA com frequência. Essa disparidade configura o chamado AI divide, onde a IA no mercado de trabalho se torna mais um fator de desigualdade entre os trabalhadores.

Dois fatores principais explicam essa lacuna:

  1. Treinamento em IA – aumenta em quase 2 vezes a confiança e uso da tecnologia;
  2. Renda – profissionais com maior poder aquisitivo têm 3 vezes mais chance de adotar IA.

Curiosamente, não há diferenças relevantes entre gêneros na adoção ou confiança na IA.

Benefícios (e riscos) da IA no mercado de trabalho

Entre os que já adotaram a IA, os benefícios são claros:

  • Eficiência: 76% dos treinados em IA notaram aumento de produtividade;
  • Qualidade do trabalho: 72% dos trabalhadores com renda alta percebem melhoria;
  • Receita: 59% dos gestores afirmam que a IA impulsionou ganhos.

Por outro lado, há armadilhas. Cerca de 65% dos jovens e 70% dos profissionais com renda alta relataram uso excessivo ou inadequado da IA, frequentemente contrariando normas internas.

Além disso, 46% dos profissionais relataram aumento de carga de trabalho e estresse com a adoção da IA, especialmente quando não há apoio das empresas no processo de adaptação.

IA no mercado de trabalho no Brasil: dados promissores e desafios

O Brasil se destaca no cenário global:

  • 87% dos brasileiros apoiam o uso da IA no trabalho;
  • 70% estão dispostos a confiar nas tecnologias de IA;
  • 71% relatam melhorias em eficiência, inovação e qualidade;
  • 55% indicam geração de receita ligada ao uso da IA.

Mas o país também enfrenta barreiras:

  • 53% ainda têm pouco conhecimento sobre como a IA funciona;
  • Apenas 66% sabem que usam ferramentas com IA, como redes sociais e assistentes virtuais.

Mesmo assim, 90% demonstram interesse em aprender mais. A IA no mercado de trabalho brasileiro tem potencial, mas exige ações concretas de capacitação.

Como se preparar para não ficar para trás

Para se manter competitivo no cenário atual, é preciso:

  • Buscar treinamento formal ou prático em IA;
  • Integrar ferramentas de IA na rotina profissional;
  • Desenvolver habilidades humanas, como pensamento crítico e inteligência emocional;
  • Participar de debates sobre governança e regulação da IA.

A IA no mercado de trabalho não é uma tendência, é o novo normal. E quem não acompanhar essa transformação corre o risco de obsolescência profissional.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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