
Com o avanço da tecnologia e a transformação constante do mercado de trabalho, a requalificação profissional desponta como o fator mais importante para a permanência e satisfação dos colaboradores. É o que aponta o estudo Randstad Employer Brand Brasil 2025: 90% dos trabalhadores consideram essencial ter acesso a programas de requalificação oferecidos pelos empregadores. O dado, que atravessa gerações e áreas de atuação, acende um alerta para líderes de RH e gestores que desejam reter talentos e manter a competitividade no mercado.
A importância da requalificação profissional
O levantamento mostra que a requalificação profissional é valorizada não apenas por quem busca mudar de empresa, mas também por aqueles que desejam crescer internamente. Entre os que planejam mudar de setor dentro da própria organização, o número sobe para 93%. O desejo por aprender novas habilidades e crescer na carreira está presente tanto nos profissionais mais jovens, como geração Z e millennials, quanto nas gerações mais experientes.
Além de preparar os times para novos desafios, investir em requalificação profissional também impacta diretamente a motivação no trabalho. De acordo com o estudo, colaboradores motivados têm menos intenção de trocar de emprego, o que pode significar economia para as empresas e um melhor clima organizacional. Ambientes que incentivam o desenvolvimento constante tendem a gerar mais engajamento, inovação e senso de pertencimento entre os times.
Diferenças geracionais e demandas específicas
Apesar do interesse geral pela requalificação profissional, as motivações para o engajamento variam entre as gerações. A geração Z, por exemplo, busca mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional, enquanto os millennials se preocupam com reconhecimento e propósito. Já a geração X e os baby boomers ainda priorizam remuneração justa, estabilidade e segurança no emprego.
Essas diferenças mostram que programas de requalificação precisam ser adaptáveis, levando em conta os diferentes perfis e estágios de carreira. Um modelo único dificilmente será eficaz. Estratégias personalizadas de capacitação, com trilhas distintas para cada público, podem melhorar os resultados e fortalecer a cultura de aprendizagem contínua.
Requalificação profissional em foco nas áreas operacionais e administrativas
O estudo revela que tanto colaboradores das áreas administrativas quanto os das áreas operacionais apontam a requalificação profissional como fundamental. O dado surpreende ao indicar que até mesmo funções tradicionalmente menos expostas à inovação tecnológica estão exigindo atualização constante. A necessidade de adaptação é universal, especialmente com o avanço da inteligência artificial nas rotinas de trabalho.
Em setores operacionais, por exemplo, o uso de ferramentas automatizadas, sensores inteligentes e sistemas de monitoramento exige novos conhecimentos técnicos. Já nas áreas administrativas, habilidades como análise de dados, comunicação digital e gestão de projetos são cada vez mais valorizadas. Ou seja: aprender deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência para manter a relevância no cargo.

Oportunidade para o RH agir
Apesar da valorização da requalificação profissional, nem todos os empregadores estão preparados para oferecer treinamentos e capacitações consistentes. O desafio está em transformar esse desejo em realidade, estruturando trilhas de aprendizado que façam sentido para cada perfil de colaborador. Isso inclui parcerias com plataformas de educação, programas internos de mentoria e investimento em tecnologia de aprendizagem.
Além disso, o relatório alerta para a importância de unir esforços em equidade, inclusão e gestão inspiradora para criar um ambiente onde a requalificação profissional não seja apenas uma promessa, mas parte da cultura da empresa. Um RH estratégico pode liderar essa transformação, aproximando o desenvolvimento profissional das metas organizacionais.
Requalificação profissional e atração de talentos
Com o crescimento da inteligência artificial e mudanças no formato de trabalho, oferecer requalificação profissional deixou de ser um diferencial para se tornar um critério essencial na escolha do empregador ideal. Os profissionais estão atentos a esse aspecto ao avaliar propostas de trabalho, o que reforça seu impacto no employer branding.
Oferecer oportunidades de aprendizado contínuo, especialmente em tecnologias emergentes, pode ser o fator decisivo para atrair e manter talentos qualificados, especialmente em um cenário de escassez de profissionais preparados para os novos desafios do mercado. Investir em capacitação hoje é garantir a sustentabilidade e a inovação da empresa amanhã.







