Faltando menos de um ano para a implementação, a nova NR-01, que atualiza a Norma Regulamentadora nº 1, ainda representa um grande desafio para a maioria das empresas brasileiras.
Segundo o Panorama da Saúde Emocional do RH 2025, com quase 900 profissionais da área, apenas 5% das organizações afirmam estar totalmente preparadas para cumprir as novas exigências do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A norma, que entra em vigor em maio de 2026, determina que os riscos psicossociais, como estresse, ansiedade e burnout, passem a ser incluídos e monitorados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das companhias.
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Nova NR-01 traz foco inédito à saúde mental no trabalho
A nova NR-01 estabelece que fatores como pressão excessiva, falta de apoio, sobrecarga, desequilíbrio entre vida pessoal e profissional e esgotamento emocional sejam monitorados e tratados com o mesmo nível de atenção que riscos físicos e ergonômicos. A mudança amplia a responsabilidade das empresas no cuidado com a saúde mental dos trabalhadores, exigindo ações preventivas e estruturadas.
De acordo com o levantamento, 13% das empresas se consideram parcialmente prontas, 50% estão em fase de ajustes e 32% sequer iniciaram qualquer processo de adequação. Ou seja, 82% das organizações ainda têm pendências em relação à nova NR-01.
Apesar disso, o clima é de otimismo: 65% dos profissionais de RH acreditam que a norma impactará positivamente o bem-estar dos funcionários, e 42% afirmam que a medida representa um avanço na validação dos temas emocionais dentro das empresas.
Principais desafios de adaptação à nova NR-01
Mesmo com o avanço da pauta da saúde mental nas empresas, a implementação prática da nova NR-01 enfrenta obstáculos significativos. A pesquisa revela que:
- 35% das empresas apontam a capacitação das equipes como principal barreira;
- 13% citam a estruturação e o monitoramento dos programas como desafios;
- 11% mencionam o custo de implementação como entrave.
Apesar disso, a maioria dos profissionais de RH vê a mudança com otimismo. Cerca de 65% acreditam que a norma beneficiará a saúde mental dos colaboradores, enquanto 42% consideram que ela representa uma validação do tema dentro das organizações.
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Nova NR-01 exige uma virada cultural nas empresas
A atualização da norma vai além da conformidade legal, ela propõe uma transformação na forma como o ambiente corporativo enxerga a saúde mental. Para muitos especialistas, o maior desafio não está na adaptação técnica, mas em colocar o bem-estar no centro das decisões empresariais.
A nova NR-01 reforça que cuidar das pessoas é também uma questão de sustentabilidade do negócio. Ignorar fatores psicossociais pode aumentar os afastamentos, elevar custos trabalhistas e comprometer a reputação da marca empregadora.
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O que muda com a nova NR-01
As empresas que cumprirem as exigências da nova NR-01 tendem a colher benefícios que vão além da prevenção de multas ou sanções. Entre os principais ganhos estão:
- Maior engajamento e retenção de talentos;
- Redução de afastamentos por motivos emocionais;
- Melhora da produtividade e do clima organizacional;
- Fortalecimento da marca empregadora;
- Consolidação de uma cultura de bem-estar e prevenção.
Essas mudanças reforçam a tendência global de integrar a saúde mental à gestão de pessoas e à estratégia corporativa. Ao reconhecer oficialmente os riscos psicossociais, o Ministério do Trabalho e Emprego estimula um novo modelo de cuidado no ambiente laboral.
Adaptação à nova NR-01: o prazo está correndo
Com a nova NR-01 entrando em vigor em maio de 2026, as empresas têm poucos meses para se adaptar. O processo envolve mapeamento dos riscos, treinamento de gestores, planejamento de ações preventivas e criação de indicadores para acompanhar a evolução do bem-estar dos colaboradores.
Mesmo com os desafios, 23% dos profissionais de RH acreditam que a atualização pode reduzir o estresse e a sobrecarga dentro das equipes. É um movimento que aponta para o futuro do trabalho: mais humano, equilibrado e sustentável.
💡 A nova NR-1 vai transformar o cuidado com a saúde mental nas empresas.
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