
Um estudo recente, publicado na Academy of Management Discoveries, com 1.600 participantes, aponta que o formato de feedback utilizado pelas empresas influencia diretamente a percepção de justiça e a motivação dos funcionários. A pesquisa mostra que, ao contrário das avaliações numéricas, o feedback narrativo – com descrições detalhadas e exemplos específicos – é visto como o mais justo, proporcionando uma compreensão mais profunda do desempenho e do potencial de desenvolvimento.
Durante a pesquisa, os cientistas recrutaram participantes por meio de plataformas de crowdsourcing e aplicaram quatro experimentos nos quais os profissionais receberam avaliações hipotéticas de desempenho. O objetivo era identificar qual formato de feedback era considerado mais satisfatório. Os resultados mostraram que, além de ser considerado o formato mais justo, o feedback narrativo ajuda a motivar os colaboradores, já que traz uma contextualização que permite não apenas avaliar o passado, mas também indicar metas futuras de crescimento.
Apesar das vantagens do feedback narrativo, o estudo aponta que em situações de avaliações extremamente positivas, o impacto do formato diminui, já que o reconhecimento favorável parece prevalecer independentemente de como é transmitido. Outro fator relevante descoberto foi que, ao incluir resultados financeiros, como bônus, as diferenças nas percepções de justiça entre os formatos de feedback se reduziram, sugerindo que recompensas tangíveis equilibram a percepção dos funcionários sobre a justiça das avaliações.
Dados da Gallup reforçam a importância do feedback contínuo para o engajamento dos funcionários, mostrando que empresas com altos níveis de engajamento têm 21% mais chances de superar metas financeiras. Especialistas defendem que uma cultura de feedback regular, com transparência e foco nos resultados positivos, fortalece a confiança e o comprometimento entre equipes e lideranças, elementos essenciais para uma cultura organizacional de sucesso.







