Jovens lideram 40% das demissões voluntárias no Brasil

Jovens lideram as demissões voluntárias no Brasil, representando 40% do total em 2023. Entenda as causas e como as empresas podem reter talentos da Geração Z e diminuir a taxa de jovens se demitindo.
Grupo de jovens planejando demissão voluntária, com destaque para uma jovem demonstrando estresse ao olhar para o laptop. A cena é em um ambiente moderno, favorável ao aprendizado e trabalho em equipe.

As empresas brasileiras estão vivendo uma nova dinâmica no mercado de trabalho: demissões voluntárias de jovens em massa. Em 2023, trabalhadores com até 24 anos representaram impressionantes 40% das demissões voluntárias no país, segundo dados divulgados recentemente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse movimento não é isolado, ele segue uma tendência global de insatisfação no ambiente corporativo, especialmente entre a Geração Z.

Por que tantos jovens estão se demitindo?

O fenômeno das demissões voluntárias de jovens ganhou força nos últimos anos, impulsionado por fatores como a busca por propósito, bem-estar e flexibilidade. Diferentemente das gerações anteriores, os jovens priorizam qualidade de vida e alinhamento de valores entre empresa e colaborador, colocando benefícios emocionais no mesmo patamar de importância que os financeiros.

De acordo com o Caged, o setor de serviços foi o mais impactado, seguido pelo comércio. Isso ocorre porque essas áreas concentram grande parte da mão de obra jovem, muitas vezes em cargos de entrada e com pouca perspectiva de crescimento rápido. Além disso, pesquisas indicam que jovens se demitindo estão frequentemente em busca de oportunidades que ofereçam mais aprendizado, plano de carreira e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Os setores mais impactados pela saída dos jovens

Os números mostram que a taxa de demissões voluntárias de jovens se demitindo no setor de serviços ultrapassa os 50% em algumas regiões, principalmente nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já no setor de comércio, o percentual chega a 30%, afetando diretamente redes de varejo e pequenas empresas.

A rotatividade elevada gera impactos diretos nas empresas, como aumento de custos com recrutamento, treinamento e integração de novos colaboradores. Além disso, a saída constante de jovens talentos pode comprometer a inovação e o dinamismo organizacional, já que essa faixa etária é frequentemente associada a ideias novas e espírito empreendedor.

O que as empresas podem fazer para reter jovens talentos?

Com o avanço do fenômeno dos jovens se demitindo, as empresas precisam repensar suas estratégias de retenção. Algumas ações recomendadas por especialistas incluem:

  • Implementação de programas de desenvolvimento profissional;
  • Criação de planos de carreira claros e acessíveis;
  • Maior flexibilidade no trabalho, incluindo modelos híbridos;
  • Incentivo ao bem-estar físico e emocional;
  • Cultura organizacional baseada em propósito e valores.

Além disso, líderes precisam investir em comunicação transparente e feedback contínuo, criando um ambiente onde os jovens se sintam ouvidos e valorizados.

Tendência global e impacto nas organizações

O movimento dos jovens se demitindo não é exclusivo do Brasil. Países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha também registram aumento nas taxas de demissão voluntária entre profissionais jovens. Esse fenômeno ganhou ainda mais força após a pandemia, que intensificou reflexões sobre propósito, saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Para as organizações, entender as motivações por trás dos jovens se demitindo é essencial para desenhar políticas de atração e retenção mais eficazes. O foco não deve ser apenas financeiro, mas também emocional, social e ambiental, mostrando que a empresa se importa com o bem-estar do colaborador como um todo.

Como o RH pode transformar esse cenário de demissões voluntárias

O RH tem papel fundamental em reverter o cenário de jovens se demitindo. Além de mapear os principais motivos das saídas, é necessário investir em práticas que promovam engajamento e pertencimento. Programas de mentoria, oportunidades de crescimento rápido e reconhecimento constante são ferramentas valiosas nesse processo.

A tecnologia também pode ajudar: pesquisas de clima organizacional, pulse surveys e ferramentas de análise preditiva permitem identificar sinais de insatisfação antes que eles se transformem em pedidos de demissão.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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