
O salário mínimo no Brasil terá um novo patamar a partir de janeiro de 2026. O valor passará dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.621, um aumento de R$ 103 que representa ganho real acima da inflação e impacto direto na folha de pagamento, benefícios e planejamento financeiro das empresas.
A decisão já mobiliza profissionais do setor de Departamento Pessoal, que precisam se preparar para os ajustes obrigatórios nos próximos meses.
O novo salário mínimo entra em vigor em 1º de janeiro de 2026 e será pago a partir de fevereiro, já considerando o reajuste. Isso significa que trabalhadores que recebem o piso nacional, ou valores atrelados a ele, terão remuneração atualizada logo no início do ano
Para o DP, o tema exige atenção redobrada, já que o salário mínimo influencia contratos, benefícios e encargos sociais.
O que muda com o novo valor em 2026
Com a definição do salário em R$ 1.621, todas as remunerações e benefícios vinculados a esse piso também sobem automaticamente. É o caso do seguro-desemprego, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de parte dos benefícios previdenciários. Para as empresas, isso se reflete em aumento de custos trabalhistas e necessidade de revisão de orçamentos.
Do ponto de vista legal, o salário mínimo é a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber no país. A Constituição determina que ele seja nacionalmente unificado e reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Por isso, sempre que há atualização, o impacto vai além do contracheque do colaborador e alcança toda a estrutura de custos das organizações.

Como o salário mínimo chegou a R$ 1.621
O cálculo do novo salário mínimo considera a inflação medida pelo INPC acumulado em 12 meses até novembro, que foi de 4,18%. Pela regra constitucional, esse reajuste já garantiria a manutenção do poder de compra. No entanto, a política de valorização do salário mínimo também prevê aumento real com base no crescimento do Produto Interno Bruto.
Nesse caso, o crescimento do PIB considerado foi de 3,4%, mas a legislação do arcabouço fiscal limita o ganho real do salário mínimo a 2,5%. Com isso, o reajuste final soma a inflação de 4,18% mais o teto de 2,5% de aumento real, resultando em um reajuste 6,79% e fixando o salário mínimo em R$ 1.621 para 2026.
Impacto nas empresas e no Departamento Pessoal
Para o DP, o reajuste do salário mínimo exige planejamento. A cada R$ 1 de aumento, as despesas obrigatórias do governo crescem significativamente, e esse movimento também se reflete no setor privado. Empresas com grande número de colaboradores no piso salarial sentem o impacto direto na folha de pagamento.
Além disso, o salário mínimo serve como referência para negociações sindicais, pisos de categorias e benefícios internos. Ignorar essa atualização pode gerar inconsistências trabalhistas e riscos de passivos. Por isso, é fundamental que o RH revise contratos, políticas salariais e projeções financeiras considerando o novo salário mínimo.
O que o DP deve fazer diante do novo salário mínimo
Com o novo salário definido para 2026, o papel do DP é antecipar ajustes, garantir conformidade legal e reduzir riscos trabalhistas. Atualizar sistemas de folha, revisar tabelas salariais, conferir encargos e comunicar lideranças são passos essenciais para evitar erros operacionais e retrabalho.
Mais do que cumprir a lei, entender a dinâmica nas atualizações de salário ajuda o DP a atuar de forma estratégica, equilibrando custos, conformidade, previsibilidade orçamentária e valorização dos colaboradores no médio e longo prazo, com decisões mais seguras e alinhadas ao negócio.
👉 Compartilhe com sua equipe e garanta que o setor de DP esteja preparado para o novo salário mínimo em 2026.







