Só 24% das empresas conseguem inovar na gestão de talentos

Entenda por que inovar na gestão de talentos é o verdadeiro desafio do RH em 2024 e como resolver.
Mulher trabalha em escritório moderno usando computador, com foco em produtividade e ambiente de trabalho colaborativo inovando na gestão de talentos.

Com 71,78% das empresas já automatizando a folha de pagamento, o RH brasileiro parece avançar na digitalização. No entanto, os dados da pesquisa “Cenário do RH no Brasil 2024” revelam um paradoxo: enquanto funções operacionais já colhem os frutos da tecnologia, processos mais estratégicos seguem à margem da transformação. Inovar na gestão de talentos, que deveria estar no centro das estratégias de crescimento,  ainda caminha lentamente.

O avanço seletivo da automação no RH

A pesquisa aponta que a automação é predominante em áreas como recrutamento e seleção (62,35%) e folha de pagamento. No entanto, ferramentas que apoiam decisões mais estratégicas continuam com baixa adesão: apenas 24,25% automatizaram a gestão de metas e 22,49% utilizam tecnologias para avaliação de potencial.

Essa disparidade mostra que o RH brasileiro está priorizando tarefas repetitivas e operacionais, enquanto falha em inovar na gestão de talentos, um ponto essencial para atrair, desenvolver e reter profissionais em um mercado cada vez mais competitivo.

Inovar na gestão de talentos: por que é urgente?

Falar de transformação digital vai além de digitalizar folhas de ponto ou integrar dados da folha de pagamento. O verdadeiro impacto da tecnologia aparece quando ela permite que o RH atue estrategicamente, antecipando tendências, personalizando o desenvolvimento de carreira e promovendo um ambiente que estimula a inovação.

Inovar na gestão de talentos é, antes de tudo, um investimento na cultura da empresa. E essa inovação passa por práticas como feedback contínuo, desenvolvimento personalizado, mobilidade interna e valorização do erro como parte do aprendizado. São iniciativas que não só engajam, mas tornam a empresa mais competitiva em um cenário global de escassez de talentos.

A inteligência artificial precisa sair do operacional

O uso de IA já revolucionou a folha de pagamento: sistemas inteligentes reduzem erros, previnem fraudes e aumentam a conformidade legal. No entanto, limitar sua aplicação ao operacional é desperdiçar potencial. Iniciativas como People Analytics, por exemplo, ainda não são realidade em boa parte das empresas, mesmo sendo fundamentais para inovar na gestão de talentos com decisões orientadas por dados.

Apenas 43,68% das empresas aplicam alguma forma de avaliação de performance com tecnologia. E quando se fala em desenvolvimento de competências ou mapeamento de sucessores, os percentuais caem ainda mais. Ou seja, a inteligência que poderia impulsionar a estratégia de talentos segue subutilizada.

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A cultura ainda é o maior diferencial competitivo

Empresas que lideram a transformação digital em gestão de pessoas não fazem isso só com tecnologia, fazem com cultura organizacional. Em vez de focar apenas em automatizar tarefas, elas criam ambientes que incentivam o protagonismo, a colaboração e o aprendizado constante.

Inovar na gestão de talentos também significa garantir bem-estar, reconhecimento e sentido no trabalho. Isso se traduz em estratégias como planos de carreira personalizados, programas de mobilidade interna e iniciativas de impacto social. Tudo isso contribui para consolidar a marca empregadora e reduzir a rotatividade, desafios centrais para qualquer RH.

O que o RH pode (e deve) fazer agora

O primeiro passo para a transformação é mudar o foco da eficiência operacional para a excelência estratégica. Automatizar a folha de pagamento é importante, mas precisa vir acompanhada de ações que coloquem o talento no centro da estratégia.

Veja algumas iniciativas que impulsionam esse processo:

  • Implantar People Analytics para decisões preditivas;
  • Criar trilhas de aprendizagem personalizadas;
  • Estimular o feedback contínuo com apoio de tecnologia;
  • Investir em programas de desenvolvimento de lideranças;
  • Garantir espaço para que os colaboradores inovem;
  • Adotar plataformas integradas que unam folha, performance e cultura.

Essas são práticas que ajudam o RH a inovar na gestão de talentos de forma contínua e alinhada aos objetivos do negócio.

Inovar na gestão de talentos é o diferencial

Automatizar processos operacionais como a folha de pagamento é um passo importante mas não pode ser o destino final do RH. A verdadeira transformação acontece quando a tecnologia é usada para potencializar o capital humano, personalizar o desenvolvimento e tornar a experiência do colaborador mais significativa.

Inovar na gestão de talentos não é mais um diferencial: é uma necessidade urgente para empresas que desejam atrair, engajar e reter os melhores profissionais. O mercado exige estratégias mais inteligentes, cultura voltada à inovação e uma liderança disposta a romper com o modelo tradicional de RH. Sem isso, qualquer avanço tecnológico corre o risco de se limitar ao superficial.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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