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Diversidade corporativa: 90% das pessoas trans sofrem discriminação no trabalho

A diversidade corporativa e inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho ainda é limitada. Apenas contratar não basta: é preciso garantir respeito, permanência e crescimento.
Grupo de diversidade corporativa de jovens posando em frente a um fundo colorido de arco-íris, representando inclusão.

Apesar dos avanços em diversidade corporativa, pessoas trans ainda enfrentam um cenário desafiador quando o assunto é mercado de trabalho. A exclusão começa já na fase de seleção e se estende ao ambiente organizacional, onde a permanência e o crescimento profissional continuam sendo barreiras reais.

Segundo dados recentes, obtidos pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), apenas 10% das pessoas trans estão inseridas em um local de trabalho formal, enquanto apenas 2% ocupam cargos de liderança. A inclusão, portanto, precisa ir além da contratação e envolver políticas concretas de acolhimento, desenvolvimento e pertencimento.

Contratar é só o primeiro passo

Nos últimos anos, muitas empresas adotaram programas de contratação de pessoas trans como parte de suas políticas de diversidade corporativa. No entanto, a efetividade dessas ações depende da capacidade de garantir um ambiente seguro e respeitoso para esses profissionais. A alta taxa de evasão de pessoas trans do mercado formal mostra que o desafio está longe de ser resolvido com ações pontuais.

A contratação sem o devido suporte pode se tornar um gesto simbólico, que não atinge os objetivos reais de inclusão. Sem ações estruturadas, como treinamentos para lideranças, revisão de políticas internas e escuta ativa, os ambientes seguem sendo hostis. O resultado é a permanência de pessoas trans em postos precarizados, com alta rotatividade e pouco acesso a desenvolvimento profissional.

Os obstáculos enfrentados no ambiente de trabalho

Estudos mostram que a maior parte das pessoas trans vive na informalidade ou no desemprego. As dificuldades vão desde a ausência de nome social nos sistemas corporativos até a resistência de colegas e gestores em respeitar identidades de gênero. Além disso, o assédio moral e a exclusão em espaços de decisão tornam o ambiente ainda mais opressor.

Entre os principais desafios enfrentados por profissionais trans estão:

  • Falta de acesso a vagas com remuneração justa;
  • Ausência de políticas claras de diversidade e inclusão;
  • Barreiras ao uso do nome social e reconhecimento de identidade;
  • Pouca representatividade em cargos de liderança e tomada de decisão;
  • Clima organizacional hostil ou pouco acolhedor.

Esses fatores colaboram para um ciclo de exclusão que se perpetua ao longo do tempo, dificultando a inserção plena no mercado, mesmo quando há abertura formal para contratação, pois barreiras estruturais, preconceitos velados e falta de políticas efetivas de diversidade corporativa continuam presentes em diversos contextos organizacionais.

Inclusão real passa por estrutura, escuta e pertencimento

Para promover inclusão de forma genuína, é necessário criar condições estruturais que favoreçam o bem-estar e o desenvolvimento de pessoas trans. Isso envolve desde processos seletivos inclusivos até programas de capacitação, acompanhamento psicológico, planos de carreira e revisão constante das práticas organizacionais.

A inclusão só se concretiza quando essas pessoas se sentem parte da organização, têm oportunidades reais de crescimento e não precisam esconder quem são para manter seus empregos. Isso significa que a responsabilidade é coletiva e começa na liderança, mas deve ser assumida por toda a cultura organizacional para que a diversidade corporativa seja efetiva.

Caminhos para uma transformação efetiva

Algumas ações que ajudam a tornar a diversidade corporativa e inclusão de pessoas trans mais sólida e efetiva incluem:

  • Inserção de políticas de diversidade com foco em identidade de gênero;
  • Programas de mentoria e aceleração de carreira para pessoas trans;
  • Revisão de linguagem e sistemas internos para uso do nome social;
  • Treinamentos frequentes sobre diversidade e combate ao preconceito;
  • Acompanhamento de indicadores de inclusão, evasão e satisfação no trabalho.

A visibilidade trans no mercado não deve ser apenas um tópico em datas específicas. É uma pauta contínua e urgente, que exige comprometimento, estratégia e empatia por parte das empresas e gestores.

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Foto de Eduarda Soares

Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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