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Relações trabalhistas: Entenda a diferença entre Trabalho Informal, MEI ou CLT

Entenda as diferenças das relações trabalhistas entre informal, MEI, autônomo e CLT, e como o RH e o DP podem atuar na regularização e proteção dos vínculos de trabalho
Jovem pensativa sobre relações trabalhistas trabalhando em um laptop em ambiente moderno, refletindo sobre ideias e projetos. A planta ao lado adiciona um toque natural ao seu espaço.

Em um país com crescente flexibilização das relações trabalhistas, entender os diferentes regimes de trabalho se torna essencial tanto para quem contrata quanto para quem oferece serviços. Segundo dados do IBGE, o Brasil contava com 14,6 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) em 2022, um número que revela a consolidação de novos perfis profissionais e de modelos de ocupação.

Mas, afinal, o que diferencia um trabalhador informal de um MEI, autônomo ou CLT?

O que é trabalho informal?

O trabalhador informal é aquele que atua sem qualquer tipo de registro formal perante o Estado. Isso significa que ele não tem carteira assinada, não possui CNPJ e não contribui regularmente para a Previdência Social. Essa informalidade pode ocorrer tanto entre trabalhadores por conta própria quanto entre assalariados que atuam sem carteira assinada, o que representa uma violação direta da legislação trabalhista.

A informalidade tende a parecer vantajosa à primeira vista, há mais flexibilidade e menos obrigações tributárias. No entanto, a ausência de garantias trabalhistas como férias, 13º salário, seguro-desemprego e aposentadoria torna essa modalidade altamente vulnerável.

Trabalhador autônomo: liberdade com responsabilidades

O trabalhador autônomo atua por conta própria e não está subordinado a nenhum empregador. Pode ou não se formalizar, emitindo recibos ou criando um CNPJ. Apesar da flexibilidade, a proteção social depende do seu próprio esforço. Para acessar os benefícios da Previdência, é necessário contribuir como contribuinte individual, o que exige organização financeira.

Profissional liberal: entre a autonomia e a regulamentação

Diferente do autônomo comum, o profissional liberal exerce atividades regulamentadas por lei, como médicos, advogados ou engenheiros. Pode trabalhar como pessoa física ou jurídica, mas deve ter registro no conselho profissional da sua área. Esse modelo exige maior qualificação e, em geral, permite rendimentos mais altos, porém cobra também mais responsabilidades tributárias e de gestão.

MEI: um passo em direção à formalização

Criado pela Lei Complementar nº 128/2008, o MEI é uma modalidade simplificada de formalização do trabalhador por conta própria. Para se enquadrar, é necessário faturar até R$ 81 mil por ano e exercer uma das atividades permitidas pelo Simples Nacional. A principal vantagem é ter um CNPJ, poder emitir nota fiscal, acessar linhas de crédito e contribuir com 5% do salário mínimo ao INSS.

Apesar de seus benefícios, o MEI tem limitações: a cobertura previdenciária é reduzida, e a aposentadoria só é integral se houver complementação da contribuição. Ainda assim, é um avanço frente à informalidade.

CLT: proteção completa com obrigações

O regime celetista, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, é aquele no qual o trabalhador tem vínculo empregatício formal com uma empresa. Garante acesso a uma série de direitos, como férias remuneradas, 13º salário, FGTS, adicional noturno, licença maternidade/paternidade e seguro-desemprego.

Em contrapartida, há maior rigidez na jornada de trabalho e tributos tanto para o trabalhador quanto para o empregador. Mesmo assim, é o modelo que oferece mais segurança jurídica, segurança social e gestão de benefícios.

Pejotização: risco de precarização

A chamada “pejotização” acontece quando empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas, simulando uma relação autônoma que, na prática, é de subordinação. Essa prática, considerada fraudulenta pelo Ministério Público do Trabalho, tem sido questionada judicialmente por mascarar vínculos empregatícios reais e reduzir os direitos dos trabalhadores.

Tabela comparativa das modalidades

ModalidadeRegistro LegalDireitos GarantidosProteção Social
InformalNenhumNenhumInexistente
AutônomoPode ter CNPJDepende de contribuiçãoMédia, se contribuir ao INSS
MEICNPJ e SimplesPrevidenciários básicosMédia-baixa
Profissional LiberalCNPJ ou CPF com CRNenhum garantido pela CLTVariável
CLTCarteira assinadaTodos da legislação trabalhistaAlta

Por que isso importa nas relações trabalhistas?

Escolher o regime de trabalho adequado vai além de uma decisão burocrática, impacta diretamente a qualidade de vida do trabalhador, sua estabilidade financeira e acesso a direitos sociais. Para o RH e o Departamento Pessoal, compreender as diferentes modalidades de contratação é essencial para garantir conformidade legal, promover relações trabalhistas mais justas e contribuir para a sustentabilidade organizacional em um cenário de rápidas mudanças e incertezas econômicas.

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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