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O que é EPI? qual a importância para segurança do colaborador

Descubra tudo sobre o EPI: o que é, como funciona o Certificado de Aprovação, principais tipos, funções e obrigações legais segundo a NR-6.
Trabalhador em uma fábrica de manufatura usando equipamento de proteção, ou EPI, incluindo capacete amarelo e uniforme laranja, inspecionando peças em uma linha de produção industrial.

A segurança no trabalho é um dos pilares da gestão de pessoas. Entre as ferramentas mais importantes para preservar a saúde dos colaboradores estão os Equipamentos de Proteção Individual, obrigatórios por lei e fundamentais para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.

No entanto, muitas empresas ainda têm dúvidas sobre o que realmente é um Equipamento de Proteção Individual, quais são os critérios para sua aprovação e como garantir que estejam sendo usados corretamente.

Este artigo explica de forma completa e educativa tudo o que o Departamento Pessoal precisa saber sobre o tema: da certificação pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) à importância da ficha de controle de entrega.

Boa leitura!

1 – O que é EPI e como ele é certificado pelo MTE

O EPI é um dispositivo de uso individual projetado para proteger o trabalhador contra riscos à segurança e à saúde durante suas atividades. Ele só é considerado um EPI quando possui Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme previsto na Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6) e na Portaria MTP nº 672/2021.

Sem esse certificado, o equipamento não pode ser comercializado ou utilizado como EPI, mesmo que tenha aparência similar. Essa validação é feita pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), que garante que cada  equipamento cumpra as exigências técnicas e ofereça o nível de proteção adequado.

Para facilitar a consulta, o MTE mantém o Sistema de Gerenciamento de Certificados de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual (CAEPI), que permite verificar a validade dos certificados e as especificações de cada produto. Esse controle é essencial para empresas que desejam adquirir equipamentos legalizados e eficazes.

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Homem trabalhando em escritório com computador, usando óculos e concentrado, em ambiente profissional organizado, focado em tarefa importante.

2 – Principais tipos de EPI e suas finalidades

Existem diversos tipos de EPI, cada um voltado a um tipo de risco específico. A escolha correta deve levar em conta as atividades desempenhadas e os perigos do ambiente de trabalho. Veja alguns exemplos práticos:

Tipo de proteçãoExemplos de EPIFunção
CabeçaCapacete, capuz, balaclavaProtege contra impactos e quedas de objetos
OlhosÓculos de segurançaEvita contato com partículas e produtos químicos
OuvidoProtetor auricular, abafador de ruídosReduz ruídos e previne perda auditiva
RespiraçãoMáscara, respiradorFiltra poeiras, gases ou agentes biológicos
RostoProtetor facial (face shield)Bloqueia respingos e partículas
TroncoAvental, jaleco, coleteEvita exposição ao calor e produtos químicos
Mãos e braçosLuvas, mangotesProtege contra cortes, abrasões e agentes químicos
Pernas e pésBotas e perneirasEvita escorregões, perfurações e impactos
QuedasCinturão de segurança, talabartePrevine quedas em altura

Cada EPI deve ser individualizado e ajustado conforme a função do colaborador. Por exemplo, as luvas usadas em um laboratório não são as mesmas indicadas para um soldador, o tipo de risco define o tipo de proteção necessária.

3 – Função e importância do EPI

O uso do Equipamento de Proteção Individual vai muito além do cumprimento da legislação: é uma prática que salva vidas. Sua principal função é proteger o trabalhador contra acidentes e doenças ocupacionais causadas por agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou mecânicos.

Entre os principais benefícios do uso correto dos EPIs estão:

Empresas que fornecem EPIs adequados demonstram comprometimento com a saúde dos colaboradores e reduzem custos com indenizações, processos e rotatividade. Já para os trabalhadores, o uso regular proporciona confiança e tranquilidade no exercício das funções.

Imagem de uma campanha de E-Book sobre gestão de EPIs, destacando a importância de evitar riscos ocultos. A imagem mostra telas de tablet e smartphone com a capa do e-book, direcionando para download gratuito.

4 – EPI e EPC: qual a diferença?

Embora os dois sejam fundamentais para a segurança no trabalho, EPI e EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) têm finalidades distintas.

O Equipamento de Proteção Individual protege o trabalhador de forma individual, enquanto o EPC protege o ambiente e todos que nele atuam. Por exemplo, um cinturão de segurança (EPI) evita uma queda, e um guarda-corpo (EPC) impede que ela aconteça.

Ambos devem ser usados de forma complementar, um não substitui o outro. Essa integração é o que realmente garante a eficácia das medidas de segurança.

5 – Obrigatoriedade e responsabilidades sobre o uso de EPI

A legislação brasileira é clara: conforme a Lei Federal nº 6.514/77 e a NR-6, é obrigação do empregador fornecer os EPIs adequados, gratuitamente e em bom estado de conservação. Também cabe à empresa treinar, fiscalizar e substituir os equipamentos quando necessário.

Por outro lado, o trabalhador deve utilizar corretamente os EPIs, conservar os itens e comunicar qualquer dano ou necessidade de troca.

A recusa em usar o EPI pode ser considerada ato faltoso, sujeito a advertências, suspensões e até demissão por justa causa. Do mesmo modo, a empresa que não fornece ou fiscaliza o uso pode ser multada ou ter as atividades interditadas.

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Operária em fábrica de pneus inspecionando produtos em linha de produção. Ambiente industrial com equipamentos e outros trabalhadores ao fundo.

6 – NR-6: o que diz a norma sobre o EPI

A Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6) estabelece os requisitos legais para fabricação, comercialização e uso do EPI. Ela define que todo equipamento, nacional ou importado, só pode ser colocado à venda com Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE.

Além disso, determina que o empregador deve:

  • Registrar o fornecimento de cada EPI em ficha própria;
  • Instruir os trabalhadores sobre uso, higienização e conservação;
  • Substituir o equipamento sempre que necessário;
  • Responsabilizar-se pela guarda e controle dos EPIs.

Entre os exemplos mais comuns de Equipamento de Proteção Individual citados na NR-6 estão os calçados de segurança, que variam conforme o risco elétrico, térmico, químico, mecânico ou de umidade.

Usar o tipo errado de calçado, por exemplo, pode ser tão perigoso quanto não usar nenhum.

7 – Os riscos de não usar EPI

Ignorar o uso do EPI é colocar a saúde e a vida em risco. Entre as principais consequências estão:

  • Doenças respiratórias, de pele e auditivas;
  • Acidentes com cortes, quedas, queimaduras e fraturas;
  • Exposição a agentes biológicos e químicos;
  • Invalidez temporária ou permanente.

Além dos danos ao trabalhador, a empresa também sofre prejuízos, como multas, processos, afastamentos e desgaste da imagem corporativa.

Em resumo: usar Equipamentos de Proteção Individual é mais do que uma obrigação é um ato de responsabilidade e prevenção.

Banner do módulo Gestão de EPIs da Quark RH destacando controle e segurança no trabalho, com imagens de uma mulher engenheira e telas de software.

8 – Como controlar o uso com a ficha de entrega de EPI

Para comprovar o fornecimento e fiscalizar o uso correto dos equipamentos, a empresa deve manter uma Ficha de Controle de Entrega de EPI.

Esse documento registra:

  • O nome do colaborador;
  • Data de entrega;
  • Tipo de equipamento fornecido;
  • Assinatura do trabalhador.

Além de garantir o cumprimento da lei, a ficha serve como evidência em eventuais fiscalizações. Hoje, é possível adotar modelos digitais, que facilitam o monitoramento e reduzem o risco de perda de informações.

Uma ficha digital pode incluir fotos, assinaturas eletrônicas e histórico de substituições, ajudando o Departamento Pessoal a manter a conformidade e a segurança em tempo real.

9 – Conheça a gestão de EPIs do QuarkRH

Após entender todos os riscos, desafios e soluções envolvidas na gestão de EPIs, uma pergunta inevitável surge: como aplicar tudo isso de forma prática, automatizada e escalável? 

A resposta está na tecnologia. E o módulo Gestão de EPIs do QuarkRH foi desenvolvido justamente para resolver de ponta a ponta os principais gargalos da segurança do trabalho dentro do RH e do DP, com foco em rastreabilidade, eficiência e conformidade legal.

Confira alguns recurso do módulo: 

  1. Cadastro completo Cadastrar e gerenciar todos os EPIs da empresa com seus respectivos lotes, datas de validade e CAs, mantendo um inventário atualizado e confiável.

  1. Associação inteligente: Associar EPIs diretamente aos colaboradores, com base em cargo, função e riscos mapeados, garantindo proteção adequada para cada atividade.

  1. Comprovação digital:  Gerar comprovantes digitais de entrega com assinatura eletrônica, eliminando papéis e aumentando a segurança jurídica dos registros.

  1. Controle de estoque: Controlar estoques, movimentações, devoluções e substituições em tempo real, evitando faltas ou excessos de equipamentos.

  1. Relatórios personalizados: Emitir relatórios completos e personalizáveis para auditorias, inspeções ou decisões gerenciais, com dados atualizados e confiáveis.

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Mulher de óculos e cabelo cacheado, vestindo blusa laranja, estudando e analisando documentos em escritório organizado com iluminação de LED.

Concluindo

A gestão de segurança no trabalho é um compromisso que começa com a escolha e o uso correto do EPI. Garantir que cada colaborador esteja devidamente protegido é uma das formas mais eficazes de preservar vidas, reduzir custos e fortalecer a imagem da empresa como um lugar seguro e responsável.

Ao adotar práticas de controle, fiscalização e conscientização, o DP assume um papel fundamental na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis, produtivos e em conformidade com a lei.

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Promova a cultura da segurança e ajude seus colegas de DP a entenderem a importância do uso correto dos EPIs.
Quanto mais profissionais estiverem informados, mais segura será a rotina de todos!

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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