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Regime celetista: o que é, como funciona e principais direitos

Entenda o que é o regime celetista, como funciona na CLT, quem tem direito, diferenças para o estatutário e principais obrigações do RH.
Mulher segurando uma carteira de trabalho padrão do regime celetista, que é o principal para trabalhadores no Brasil sob a legislação trabalhista vigente.

No mundo do trabalho, um dos temas que mais geram dúvidas no RH e no Departamento Pessoal é o regime celetista

Afinal, esse é o modelo de contratação mais comum no Brasil, utilizado tanto por empresas privadas quanto por prefeituras e órgãos públicos que seguem a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Entender como funciona o regime celetista é essencial para quem atua na gestão de pessoas

Ele impacta diretamente os direitos, deveres e benefícios dos colaboradores, além de influenciar o modo como a empresa administra admissões, folha de pagamento e desligamentos.

Se você ainda tem dúvidas sobre o que é o regime celetista e como ele se diferencia do estatutário, este artigo vai esclarecer tudo o que você precisa saber, com base na legislação e nas melhores práticas de gestão.

Boa leitura!

1 – O que é regime celetista?

O regime celetista é o modelo de contratação baseado na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Ele determina as regras que regem a relação entre empregadores e empregados no setor privado, garantindo direitos trabalhistas e definindo obrigações legais para ambas as partes.

Em outras palavras, quando um profissional é contratado sob regime celetista, ele passa a ter um vínculo empregatício formal, com registro em carteira, remuneração fixa e benefícios previstos por lei. 

Esse tipo de contrato é regido pela CLT e fiscalizado por órgãos como o Ministério do Trabalho e a Justiça do Trabalho.

O objetivo desse regime é proteger o trabalhador, assegurando condições dignas de trabalho, estabilidade mínima e segurança jurídica para empresas e colaboradores.

Leia também: Vale-transporte: direitos, obrigações e exceções

2 – Como funciona o regime celetista na prática

Na prática, o regime celetista funciona por meio de um contrato de trabalho que formaliza a relação entre o empregado e o empregador. 

Esse contrato precisa conter informações como cargo, jornada, salário, data de admissão e local de trabalho.

O vínculo é registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), o que garante ao colaborador o acesso aos benefícios trabalhistas e previdenciários, como férias, 13º salário, FGTS e INSS.

A empresa também deve cumprir obrigações acessórias, como envio de informações ao eSocial, recolhimento de encargos e respeito às normas de segurança e saúde do trabalho.

Reunião de equipe discutindo o regime celetista e questões trabalhistas em sala de reunião moderna.

3 – Quais são os direitos do trabalhador celetista?

Os direitos do trabalhador celetista estão previstos na CLT e em outras legislações complementares. Eles garantem que o colaborador tenha proteção e estabilidade ao longo da relação de trabalho. Veja quais são:

13º salário, férias e FGTS

Entre os principais direitos estão o 13º salário, que equivale a um doze avos da remuneração anual, as férias remuneradas de 30 dias após 12 meses de trabalho e o depósito mensal de 8% do salário no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Esses benefícios são garantidos por lei e fazem parte do pacote básico de direitos trabalhistas.

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Horas extras e jornada de trabalho

Outro ponto importante é o controle da jornada de trabalho, que deve respeitar o limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais

Quando há necessidade de trabalho além desse limite, o colaborador tem direito a horas extras, remuneradas com pelo menos 50% a mais do valor da hora normal.

Além disso, o trabalhador celetista tem direito a intervalo para repouso e alimentação (intrajornada) e descanso entre jornadas (interjornada), conforme previsto na CLT.

4 – Deveres do trabalhador celetista

Assim como possui direitos garantidos pela CLT, o trabalhador celetista também tem deveres que devem ser cumpridos durante a relação de trabalho. 

Entre os principais estão a pontualidade, o cumprimento da jornada estabelecida e o respeito às normas internas da empresa.

O colaborador celetista deve ainda manter conduta ética, zelar pelo patrimônio da organização e realizar suas atividades com responsabilidade e produtividade.

O descumprimento dessas obrigações pode gerar advertências, suspensões ou até demissão por justa causa, conforme previsto no artigo 482 da CLT. 

Por isso, é importante que tanto o RH quanto o empregado compreendam que o regime celetista estabelece uma via de mão dupla, baseada em direitos, deveres e responsabilidades mútuas.

5 – Diferença entre regime celetista e estatutário

Uma das dúvidas mais comuns no RH é qual a diferença entre o regime celetista e o estatutário. Embora ambos representem vínculos de trabalho formais, eles seguem legislações e regras diferentes.

6 – Quem é celetista e quem é estatutário?

O regime celetista segue a CLT e é aplicado principalmente a empregados do setor privado. Já o regime estatutário é regido por leis próprias e se aplica a servidores públicos efetivos, que ocupam cargos permanentes na administração direta ou indireta do Estado.

Enquanto o celetista tem contrato de trabalho e vínculo regido pela CLT, o estatutário tem nomeação e posse em cargo público, seguindo as regras do estatuto do servidor.

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7 – Regime celetista e estatutário na prefeitura

Em muitas prefeituras, existem servidores contratados sob o regime celetista e outros sob o regime estatutário. Essa diferença depende da legislação municipal e da natureza do cargo.

Geralmente, os cargos permanentes e concursados são estatutários, enquanto funções temporárias ou cargos comissionados podem seguir o regime celetista. Isso impacta diretamente na folha de pagamento, no tipo de estabilidade e nas formas de desligamento.

8 – Concurso público com regime celetista: como funciona

Nem todo concurso público é estatutário. Há concursos realizados sob o regime celetista, especialmente em empresas públicas e sociedades de economia mista, como Caixa Econômica Federal, Petrobras e Correios, por exemplo.

Nesses casos, o colaborador aprovado no concurso é contratado pela CLT, e não pelo estatuto dos servidores. 

Isso significa que, embora tenha sido selecionado por concurso público, ele não tem estabilidade, mas conta com todos os direitos trabalhistas previstos pela CLT.

Ou seja, o concurso público com regime celetista garante vínculo formal, benefícios e direitos trabalhistas, mas o vínculo é regido pela CLT, e não pelo regime jurídico único da administração direta.

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9 – Quantas horas um celetista trabalha?

De acordo com a CLT, o trabalhador celetista pode trabalhar até 8 horas por dia, totalizando 44 horas semanais

Essa é a regra geral, mas pode haver variações conforme o tipo de contrato, a convenção coletiva ou a escala de trabalho.

Algumas empresas adotam o regime de 12×36, em que o colaborador trabalha 12 horas e folga 36, ou ainda jornadas parciais, de até 30 horas semanais.

O importante é que o RH registre corretamente a jornada no contrato e mantenha o controle por meio de ponto eletrônico, para evitar passivos trabalhistas.

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10 – Vantagens e desvantagens do regime celetista

O regime celetista é considerado um dos mais equilibrados entre direitos e deveres, mas também apresenta pontos de atenção para empregadores e colaboradores.

Entre as vantagens estão a formalização do vínculo, os benefícios garantidos por lei e a segurança jurídica. Já entre as desvantagens estão os custos para a empresa com encargos trabalhistas e a menor estabilidade em comparação ao regime estatutário.

Para o trabalhador, o regime celetista oferece mais mobilidade e oportunidades de crescimento, mas não garante estabilidade após três anos de serviço, como ocorre com servidores estatutários.

11 – Regime celetista e CLT: qual é a relação

O termo “celetista” vem justamente da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Todo trabalhador contratado com carteira assinada é considerado um empregado celetista, independentemente do setor em que atua.

A CLT foi criada em 1943 e passou por diversas atualizações ao longo dos anos, incluindo a Reforma Trabalhista de 2017, que modernizou as relações de trabalho e flexibilizou regras sobre jornada, férias e acordos coletivos.

Portanto, o regime celetista é o formato que aplica a CLT na prática, garantindo direitos e deveres tanto para empresas quanto para empregados.

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12 – Como o RH pode gerenciar colaboradores celetistas com eficiência

Gerenciar colaboradores celetistas exige atenção constante às obrigações legais e aos prazos trabalhistas. O DP precisa acompanhar admissões, férias, benefícios, folha de pagamento, afastamentos e rescisões, tudo dentro das normas da CLT.

Nesse contexto, a tecnologia é uma grande aliada. Sistemas modernos de gestão de pessoas e folha permitem automatizar processos, evitar erros e manter conformidade com o eSocial e a legislação trabalhista.

Ao centralizar informações em uma única plataforma, o Departamento Pessoal ganha agilidade, reduz retrabalho e garante segurança nas operações.

Concluindo

Compreender o regime celetista é fundamental para que o RH e o Departamento Pessoal atuem com segurança jurídica e eficiência operacional. Esse modelo de contratação é o mais adotado no Brasil e exige atenção aos direitos e deveres previstos na CLT.

Ao conhecer bem o funcionamento do regime celetista, o RH evita passivos trabalhistas, melhora a experiência dos colaboradores e contribui para uma cultura de conformidade e transparência.Se a sua empresa busca mais agilidade na gestão de admissões, folhas e obrigações trabalhistas, conheça o QuarkRH e descubra como otimizar processos e garantir conformidade com a CLT de forma simples e automatizada.

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Foto de Marília Cordeiro

Marília Cordeiro

Jornalista com mais de 10 anos de experiência em marketing e criação de conteúdo para empresas de tecnologia e RH. Gosta de transformar temas complexos em textos leves, estratégicos e que ajudam pessoas.
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