Botão WhatsApp WhatsApp

Olá! Preencha os campos abaixo para iniciar a conversa no WhatsApp

Por favor, insira seu nome.
Por favor, insira um email válido.
Por favor, insira um telefone válido.

Licença Menstrual já é realidade em mais de 20 países

Licença menstrual já é adotada em 20+ países e empresas veem ganhos em produtividade, bem-estar e retenção de talentos. Entenda os impactos.
Jovem mulher sorridente segurando um absorvente higiênico em um fundo rosa, destacando a importância da Licença Menstrual.

A adoção da licença menstrual como política formal de trabalho vem ganhando força em empresas ao redor do mundo. Em países como Espanha, Japão, Indonésia e Coreia do Sul, a legislação já prevê esse direito. Agora, corporações globais também estão aderindo voluntariamente à medida e os resultados surpreendem, com aumentos na produtividade geral das equipes, além de ganhos significativos em bem-estar e retenção de talentos.

O que é a licença menstrual?

A licença menstrual é um período de afastamento remunerado concedido a pessoas que menstruam durante seus dias de maior desconforto físico e emocional. A duração varia conforme a política de cada empresa ou país, mas geralmente permite de 1 a 3 dias de afastamento por mês. O objetivo é oferecer acolhimento e condições adequadas de trabalho, principalmente para quem sofre com condições como endometriose, dismenorreia (cólica severa) e outras disfunções ginecológicas.

Panorama global: quem já adotou?

  • Espanha foi o primeiro país da Europa a aprovar a licença menstrual por lei, em 2023. Mulheres podem se ausentar por até três dias, com possibilidade de prorrogação para cinco mediante atestado médico.
  • Japão, desde 1947, garante esse direito, embora haja estigma social que desincentiva seu uso.
  • Indonésia e Coreia do Sul também possuem legislações semelhantes, embora a aplicação varie entre as empresas.
  • Zâmbia, pouco citada no debate, foi pioneira na África ao implantar a política em 2015.

A adesão, no entanto, não se limita a países com legislação específica. As empresas globais Nike, Zomato, startups como a brasileira B2 Mamy e a empresa de tecnologia Digix têm adotado a licença menstrual como parte de suas estratégias de bem-estar corporativo e ESG.

Brasil: avanço tímido, mas crescente

No Brasil, não há legislação federal que regulamenta a licença menstrual, embora projetos de lei tenham sido apresentados nos últimos anos. A resistência gira em torno de discussões sobre viabilidade econômica e receios de discriminação no mercado de trabalho. Ainda assim, algumas empresas vêm implementando a medida de forma voluntária, apostando na transparência, na escuta ativa e em políticas de gênero mais inclusivas.

O grupo MOL, por exemplo, oferece até dois dias de licença menstrual por mês sem necessidade de atestado, para colaboradoras que enfrentam dores e desconfortos relacionados ao ciclo menstrual. A iniciativa, voltada ao bem-estar no ambiente de trabalho, completou um ano recentemente, sem impactar negativamente a produtividade e contribuindo para um aumento na satisfação das equipes.

Impactos na produtividade: o que dizem os dados?

Estudos de empresas que adotaram a licença mostram que, ao contrário do que muitos gestores temem, a produtividade não caiu, e em alguns casos, subiu. Um levantamento da Coexist, ONG britânica que foi uma das primeiras organizações da Europa a aplicar a licença, registrou um aumento na produtividade geral da equipe após a implementação. Outros benefícios observados incluem:

  • Redução de turnover (taxa de rotatividade de colaboradores)
  • Queda nas taxas de presenteísmo e absenteísmo
  • Maior engajamento em pesquisas internas de clima organizacional
  • Fortalecimento da imagem da marca empregadora


Por que a licença menstrual importa para o RH?

Implementar políticas como a licença menstrual não é apenas uma questão de empatia ou justiça social é também uma estratégia de gestão inteligente. Reconhecer as diferenças biológicas entre os corpos e criar espaços de trabalho verdadeiramente inclusivos é uma forma de reter talentos, aumentar o engajamento e fortalecer a cultura organizacional.

Além disso, esse tipo de política dialoga diretamente com pautas ESG (Environmental, Social and Governance), que têm sido cada vez mais valorizadas por investidores, colaboradores e consumidores.

Desafios e recomendações

É claro que a implementação da licença menstrual exige planejamento e comunicação. Algumas recomendações para as empresas que desejam adotar a medida:

  • Realizar uma pesquisa interna para entender a demanda e percepção do time
  • Desenvolver uma política clara, com critérios transparentes e linguagem inclusiva
  • Treinar lideranças para acolher sem julgamento e agir com empatia
  • Estimular uma cultura de confiança, onde as colaboradoras se sintam seguras para usar o benefício


Caminhos para um Ambiente de Trabalho mais Humano

A licença menstrual está deixando de ser tabu e ganhando espaço nas agendas corporativas. A tendência é que, com mais dados e exemplos positivos, empresas de todos os portes passem a considerar a política como um diferencial competitivo e humano. Afinal, acolher a diversidade, inclusive a biológica, é o mínimo em qualquer ambiente de trabalho que se pretende saudável.

Sua empresa já considera políticas de inclusão menstrual? Reflita sobre os benefícios para o time e comece hoje mesmo a construir um ambiente de trabalho mais empático, saudável e produtivo.
Compartilhe este conteúdo com seu time de RH e comece a transformação!

Foto de Eduarda Soares

Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
Todos os post
Botão Fechar
Verificado pela Leadster
Botão Fechar
Logo