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Técnicas para um bom feedback

Descubra as principais técnicas para um bom feedback e aprenda como aplicá-las no dia a dia do RH para melhorar o desempenho e o clima organizacional.
Descubra as principais técnicas para um bom feedback e aprenda como aplicá-las no dia a dia do RH para melhorar o desempenho, engajamento e clima organizacional.

Oferecer feedback é uma das práticas mais importantes dentro da gestão de pessoas. Quando bem conduzido, o feedback é capaz de transformar a performance individual, fortalecer o clima organizacional e impulsionar o crescimento profissional. No entanto, nem sempre os gestores e profissionais de RH estão preparados para realizar essa tarefa de forma eficaz.

Neste artigo, você vai conhecer as principais técnicas para um bom feedback, com exemplos práticos e aplicáveis no dia a dia. Continue lendo e descubra como tornar essa prática um pilar da cultura da sua empresa.

1 – Principais erros ao dar feedback

Antes de apresentar as melhores técnicas, vale destacar alguns equívocos comuns que podem comprometer o efeito do feedback:

  • Foco apenas no erro: ignorar os pontos positivos desmotiva o colaborador;
  • Falta de preparo: improvisar na hora do feedback pode gerar mensagens confusas;
  • Uso de julgamentos: expressões como “você é desorganizado” devem ser substituídas por descrições de comportamentos observáveis;
  • Feedbacks esporádicos: quando são raros, o impacto positivo se perde;
  • Ambiente inadequado: falar sobre assuntos delicados em público pode expor o colaborador desnecessariamente.

Agora que você já sabe o que evitar, vamos às técnicas para um bom feedback que realmente funcionam.

2 – Técnicas para um bom feedback: como aplicá-las no dia a dia

1. Técnica do Sanduíche

A técnica do sanduíche é uma das mais conhecidas — e também uma das mais utilizadas. Ela consiste em estruturar o feedback em três etapas:

  • Ponto positivo: iniciar reconhecendo algo que o colaborador fez bem;
  • Ponto de melhoria: apresentar o aspecto que precisa ser ajustado;
  • Novo ponto positivo ou encorajamento: finalizar reforçando a confiança no potencial do colaborador.

Exemplo prático:

“Quero começar destacando como você tem sido pontual com os prazos e comprometido com os projetos. Notei, porém, que nas últimas reuniões você teve dificuldade em ouvir as ideias dos colegas até o fim. É importante manter o diálogo aberto para promover um ambiente colaborativo. Mas estou certo de que você vai ajustar isso e continuar sendo um exemplo de entrega para o time.”

2. Técnica SBI (Situação – Comportamento – Impacto)

Uma das técnicas para um bom feedback mais eficazes e objetivas, a técnica SBI foi desenvolvida pelo Center for Creative Leadership e baseia-se em três elementos:

  • Situação: descreva o contexto em que o comportamento foi observado;
  • Comportamento: detalhe o que foi feito, sem julgamentos;
  • Impacto: explique as consequências daquele comportamento.

Exemplo prático:

“Na reunião de segunda-feira, quando você interrompeu a fala do cliente três vezes (situação e comportamento), ele demonstrou impaciência e encerrou a ligação mais cedo (impacto). Isso pode comprometer nossa relação com a conta.”

Essa técnica ajuda a evitar generalizações e torna o feedback mais claro e eficaz.

3. Técnica de Feedback Contínuo

Um dos maiores erros nas empresas é reservar o feedback apenas para avaliações semestrais. O ideal é que ele aconteça de forma contínua, com conversas frequentes que acompanhem o desenvolvimento do colaborador em tempo real.

Isso cria uma cultura de melhoria constante e reduz o peso emocional do feedback.

Dica prática: crie “minutos de feedback” semanais ou quinzenais entre líderes e liderados, com foco em aprendizados recentes.

4. Técnica Feedforward

O feedforward é uma abordagem voltada para o futuro. Em vez de se concentrar apenas em erros passados, ele propõe sugestões de melhoria com foco em oportunidades de crescimento.

Exemplo prático:

“Nas próximas apresentações, que tal testar uma estrutura de roteiro com tópicos mais objetivos? Isso pode facilitar a compreensão da equipe e tornar sua mensagem ainda mais clara.”

Essa técnica é especialmente útil para promover um ambiente de segurança psicológica e inovação.

5. Técnica DESC (Descrever – Expressar – Sugerir – Consequência)

A técnica DESC é uma ferramenta estruturada que permite abordar situações difíceis de forma construtiva:

  • Descrever: o que está acontecendo?
  • Expressar: como você se sente em relação a isso?
  • Sugerir: o que pode ser feito diferente?
  • Consequência: quais são os impactos positivos esperados?

Exemplo prático:

“Tenho percebido que seus relatórios têm vindo com inconsistências. Isso me preocupa porque afeta nossa tomada de decisão. Gostaria que você revisasse os dados com mais cuidado antes do envio. Assim, conseguiremos manter a qualidade do trabalho e evitar retrabalhos.”

3 – Dicas complementares para um feedback eficaz

Além das técnicas para um bom feedback citadas, outros fatores são determinantes para o sucesso do feedback. Veja abaixo:

Escolha o momento certo: Evite dar feedback “no calor do momento”. Espere o momento ideal, quando ambos estiverem mais calmos e abertos ao diálogo.

Adapte sua linguagem: Considere o perfil do colaborador, pois algumas pessoas preferem um discurso direto, outras precisam de mais sensibilidade. Flexibilizar sua abordagem é essencial.

Seja empático e respeitoso: O objetivo do feedback é ajudar, e não punir. Demonstrar empatia fortalece a confiança e facilita a aceitação da mensagem.

Estimule o diálogo: O feedback não deve ser um monólogo. Dê espaço para que o colaborador compartilhe sua visão, pergunte, sugira e reflita.

Registre e acompanhe: Sempre que possível, documente os feedbacks importantes e acompanhe os desdobramentos. Isso mostra comprometimento com o desenvolvimento do colaborador.

4 – O papel do RH na cultura de feedback

O RH tem papel central na disseminação de uma cultura de feedback saudável. Isso envolve:

  • Treinar gestores para aplicar as técnicas corretamente;
  • Criar políticas e ciclos formais de feedback;
  • Estimular o feedback entre colegas (peer feedback);
  • Oferecer ferramentas que facilitem a prática;
  • Monitorar indicadores de clima e engajamento.

Um RH estratégico sabe que o feedback não é apenas uma ferramenta pontual, mas sim uma prática contínua que deve estar enraizada nos valores da organização. Por isso, é importante conhecer as técnicas para um bom feedback.

Concluindo

Investir em técnicas para um bom feedback é investir no capital humano da empresa. Feedbacks bem aplicados potencializam talentos, reduzem conflitos, aprimoram o desempenho e tornam o ambiente de trabalho mais produtivo e saudável.

Para os profissionais de RH e DP, dominar essas técnicas é uma competência essencial. São eles que têm a missão de orientar líderes, promover conversas construtivas e garantir que o feedback se transforme em um verdadeiro motor de desenvolvimento organizacional.

Ao aplicar as técnicas para um bom feedback apresentadas neste artigo, sua empresa estará mais preparada para construir uma cultura de confiança, aprendizado e alta performance.

Foto de Anderson Santos

Anderson Santos

Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela UFRN e pós-graduação em Marketing Estratégico pela Universidade Potiguar. Atuo nas áreas de comunicação, endomarketing, marketing digital, produção de conteúdo, copywriting e redação focada em SEO.
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