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Legislação Trabalhista: entenda os deveres do empregador

Entenda como aplicar a Legislação Trabalhista no DP e evite multas, passivos trabalhistas e erros comuns nas rotinas da sua empresa.
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A Legislação Trabalhista é a espinha dorsal das relações de trabalho no Brasil. Mais do que uma série de normas e artigos, ela representa um compromisso legal e ético entre empregadores e empregados. Para as empresas, compreender essas regras é essencial para garantir a conformidade, reduzir riscos jurídicos e promover um ambiente de trabalho seguro e produtivo.

Mesmo com avanços como a Reforma Trabalhista e a digitalização dos processos de RH, muitos negócios ainda cometem falhas que resultam em autuações, ações judiciais e perdas financeiras. Neste artigo, exploramos os principais pilares da legislação trabalhista e como aplicá-los corretamente no dia a dia empresarial.

1. Jornada de trabalho, horas extras e controle de ponto

Um dos pontos mais sensíveis da legislação trabalhista diz respeito à jornada de trabalho, que, via de regra, é de 8 horas por dia e 44 horas semanais. Horas extras devem ser pagas com, no mínimo, 50% de acréscimo sobre o valor da hora normal, salvo acordo ou convenção coletiva que estipule percentual maior.

O controle de ponto é obrigatório para empresas com mais de 20 funcionários, e sua má gestão pode gerar ações trabalhistas. Com a popularização do trabalho remoto, surgiram novas obrigações legais quanto ao registro de jornada à distância, tornando ainda mais relevante a adoção de sistemas de controle de ponto eletrônico confiáveis como o QuarkRH.

2. Intervalos e descanso semanal remunerado

Outro aspecto importante da legislação trabalhista são os intervalos intra e interjornadas. Colaboradores que trabalham mais de 6 horas por dia devem ter, obrigatoriamente, um intervalo mínimo de uma hora para refeição e descanso. Já o intervalo entre uma jornada e outra deve ser de, no mínimo, 11 horas consecutivas.

O descanso semanal remunerado é assegurado a todos os trabalhadores e deve ser preferencialmente aos domingos. A negligência com esse direito pode ser interpretada como fraude trabalhista.

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3. Férias e pagamento adicional

De acordo com a legislação trabalhista, todo colaborador que completa 12 meses de trabalho tem direito a 30 dias de férias remuneradas, acrescidas de um terço do salário. Desde a Reforma de 2017, é permitido dividir as férias em até três períodos, sendo que um deles deve ter pelo menos 14 dias corridos.

Empresas devem planejar esse benefício com antecedência e garantir que os pagamentos sejam realizados até dois dias antes do início do descanso.

4. Décimo terceiro salário: um direito anual

O décimo terceiro salário é um dos direitos mais esperados pelos trabalhadores. A legislação trabalhista determina que ele seja pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. O não pagamento no prazo, ou o pagamento incompleto, pode gerar penalidades e ações trabalhistas.

Além disso, em casos de desligamento durante o ano, o trabalhador tem direito ao valor proporcional, o que exige atenção do DP na hora da rescisão.

5. Contratos de trabalho e suas modalidades

A escolha do tipo de contrato deve respeitar as definições da legislação trabalhista. Existem diversas modalidades, como o contrato por tempo indeterminado, temporário, de experiência, intermitente, parcial, teletrabalho e aprendizagem.

Cada modelo possui regras específicas quanto à duração, remuneração, direitos e deveres. Um erro comum das empresas é aplicar cláusulas padrão sem observar as peculiaridades de cada vínculo, o que pode acarretar passivos legais significativos.

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6. FGTS, INSS e obrigações previdenciárias

As contribuições ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são obrigações fundamentais previstas na legislação trabalhista. O empregador deve depositar mensalmente 8% do salário bruto no FGTS, além de recolher os encargos previdenciários corretamente.

O não cumprimento dessas obrigações pode levar à fiscalização e aplicação de multas severas, além de prejudicar o trabalhador em momentos críticos, como demissão, aposentadoria ou licença médica.

7. Segurança do trabalho e prevenção de riscos

A saúde e segurança dos colaboradores é um dever inegociável. A legislação trabalhista determina que o empregador forneça gratuitamente Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), realize treinamentos periódicos e siga as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho.

Negligenciar essas medidas pode colocar vidas em risco e resultar em penalidades severas. Além disso, a ausência de ações preventivas impacta diretamente no clima organizacional e na produtividade.

8. Licenças legais: maternidade, paternidade e afastamentos

A licença-maternidade de 120 dias (ou 180 para empresas do Programa Empresa Cidadã) e a licença-paternidade de 5 dias são direitos amplamente conhecidos, mas ainda mal aplicados em algumas organizações. A legislação trabalhista também cobre afastamentos por doença, acidentes de trabalho e situações específicas como doação de sangue ou comparecimento a audiências.

Garantir o cumprimento desses direitos demonstra comprometimento com o bem-estar dos colaboradores e fortalece a reputação da empresa como empregadora responsável.

Imagem de uma mulher grávida trabalhando com um laptop em um ambiente aconchegante, com plantas ao fundo e apoiada em uma cadeira confortável, representando mulher gestante no trabalho.

9. Rescisão contratual e prazos para pagamento

Ao encerrar um contrato de trabalho, é fundamental cumprir os prazos legais para pagamento das verbas rescisórias, que incluem saldo de salário, férias proporcionais, décimo terceiro proporcional, entre outros. A legislação trabalhista determina que esse pagamento seja feito até 10 dias após o desligamento.

O não cumprimento do prazo gera multa equivalente ao salário do trabalhador, além de possíveis reclamações na Justiça do Trabalho.

10. O papel estratégico do RH na Legislação Trabalhista

Cabe ao setor de Departamento Pessoal garantir que todos os processos estejam alinhados à legislação trabalhista vigente. Isso vai desde a admissão correta, passando pela gestão de ponto, controle de férias e pagamento de benefícios, até o desligamento.

Empresas que mantêm o DP atualizado com as leis trabalhistas reduzem riscos, melhoram a reputação no mercado e conquistam a confiança dos colaboradores. A conformidade não deve ser vista apenas como obrigação, mas como uma estratégia de valorização do capital humano.

Mulher jovem estudando sobre Legislação trabalhista ou trabalhando em um ambiente de escritório ou sala de aula com móveis e plantas ao fundo, usando blusa laranja.

Mantenha-se atualizado e evite riscos

A legislação trabalhista passa por atualizações constantes. Por isso, acompanhar as mudanças é uma tarefa contínua. Investir em capacitação do DP, consultar fontes oficiais e implementar tecnologia na gestão de pessoas são passos fundamentais para garantir a conformidade.

Compartilhe com sua equipe e fortaleça a conformidade trabalhista na sua empresa!

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Eduarda Soares

Bacharelanda em Comunicação Social - Audiovisual na UFRN. Atuo nas áreas de Marketing Digital, Cinema e redação focada em SEO.
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