O Ministério da Fazenda publicou nesta segunda-feira (14/04/2025), no Diário Oficial da União (DOU), a nova tabela progressiva mensal do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). As novas faixas de cálculo passam a valer a partir de 1º de maio de 2025 e prometem reduzir a carga tributária de trabalhadores da faixa entre R$2.428,81 a R$5.000. Mudanças valem a partir de maio.
A atualização da tabela é parte da Medida Provisória nº 1.294/2025, e visa ajustar a cobrança do imposto de renda aos aumentos do salário mínimo e à correção parcial da defasagem histórica da tabela.
O que muda com a nova tabela do IRRF?
A principal novidade da nova tabela está na ampliação da faixa de isenção e na redução das faixas efetivas de imposto para contribuintes de renda média.
Veja como fica a nova tabela do IRRF válida a partir de maio/2025:
| Faixa de Rendimento Mensal (R$) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir (R$) |
| Até 2.428,80 | Isento | R$0,00 |
| De 2.428,81 até 2.826,65 | 7,5% | R$182,16 |
| De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | R$394,16 |
| De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,5% | R$675,49 |
| Acima de 4.664,68 | 27,5% | R$908,73 |
A nova faixa de isenção passou de R$2.112,00 (2023) para R$2.428,80 (2025), o que equivale a dois salários mínimos. Essa mudança representa um alívio no bolso de milhões de brasileiros, principalmente aqueles com renda mais baixa.
Quem será mais beneficiado?
De acordo com a Receita Federal, cerca de 15 milhões de brasileiros que antes pagavam algum valor de IR passam a ser isentos com a nova tabela.
Além disso, trabalhadores que recebem até R$5.000 mensais terão redução no valor descontado em folha, o que aumenta o rendimento líquido mensal e, consequentemente, o poder de compra.
A nova estrutura também mantém a lógica progressiva da tributação: quanto maior o salário, maior a alíquota aplicada. No entanto, a parcela a deduzir garante que a incidência ocorra apenas sobre a renda que exceda cada faixa.
Exemplo prático:
Imagine um trabalhador com salário de R$3.500,00. Antes, ele pagava cerca de R$154,60 de IRRF. Com a nova tabela, esse valor cai para aproximadamente R$130,84, gerando uma economia mensal de R$23,76.
Por que isso importa para o RH?
Para profissionais de Recursos Humanos e Departamento Pessoal, a nova tabela requer atualização nos sistemas de folha de pagamento e atenção redobrada nos cálculos de encargos mensais.
É fundamental garantir que os valores retidos estejam corretos, evitando erros que possam gerar passivos trabalhistas ou insatisfação dos colaboradores. Empresas que utilizam ERPs integrados ao eSocial também devem ficar atentas à liberação de patches e atualizações dos fornecedores.
Como se preparar?
Se você atua no RH da sua empresa, confira as principais recomendações:
- Atualize as faixas de IRRF no seu sistema de folha;
- Treine a equipe para interpretar corretamente a nova tabela;
- Recalcule os valores de IRRF para admissões recentes;
- Oriente os colaboradores sobre as mudanças e impactos no contracheque;
- Consulte periodicamente o portal da Receita Federal para novas instruções.
Próximos passos para o RH
Para os profissionais de RH, é hora de ajustar processos internos, atualizar os sistemas de folha de pagamento e garantir que todas as mudanças estejam alinhadas com a nova tabela do IRRF a partir de maio. Isso inclui revisar os cálculos automáticos de imposto, realizar testes nos sistemas integrados ao eSocial e reforçar o treinamento das equipes responsáveis pelo fechamento da folha.
Além disso, é fundamental orientar os colaboradores sobre as mudanças no contracheque, mostrando, com clareza, os impactos práticos no rendimento líquido. Uma comunicação eficiente pode aumentar a confiança dos funcionários e evitar dúvidas ou insatisfações relacionadas à remuneração.
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